São Paulo, quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros Mario Sergio Conti projeta "Roda Viva" jornalístico Âncora pede volta do ao vivo e independência Diretor da "piauí" quer programa sintonizado com noticiário e fala em levar Dilma e João Gilberto FABIO VICTOR DE SÃO PAULO Anunciado anteontem como novo âncora do "Roda Viva", da TV Cultura, em substituição a Marília Gabriela, o jornalista Mario Sergio Conti, 56, disse que aceitou o convite ao receber da emissora a garantia de que terá total independência editorial. A definição de que o programa volte a ser ao vivo (vinha sendo gravado) e que seja extinta a atual bancada de entrevistadores fixos também influiu na decisão de Conti. Ele afirma que não se trata de exigências, mas "expectativas". "Eles disseram que é exatamente o que querem. Não foram exigências, foram concordâncias." O convite, segundo o jornalista, partiu de João Sayad (presidente da Fundação Padre Anchieta, mantenedora da Cultura) e Fernando Vieira de Mello (vice-presidente de Conteúdo) em duas reuniões em São Paulo. Diretor de Redação da revista "piauí", ex-diretor da "Veja" e do "Jornal do Brasil" e ex-repórter especial da Folha, Conti planeja um "Roda Viva" mais jornalístico. A volta do formato ao vivo, acredita, ajudará: "Numa televisão -não só aqui, mas em todo lugar- cada vez mais amarrada, com cara de espetáculo preparado, é bom ser ao vivo. Dá uma eletricidade, uma temperatura mais acesa, mais jornalística". A pauta noticiosa da semana será, afirma, essencial na definição dos entrevistados, cuja escolha vai "depender muito da situação, do personagem da semana". "Não pode ser um programa frio, tem que estar calçado nos acontecimentos correntes." Conti afirma que não aceitará nomes impostos. "Eu falei: 'Olha, se eu for pra lá, não quero ficar tendo que entrevistar sicrano, fulano, beltrano...' [Responderam:] 'Não, você escolhe os convidados, total independência'". Questionado sobre quem gostaria de levar ao centro do "Roda Viva", citou a presidente Dilma Rousseff e o músico João Gilberto. Admite que são desafios. "Mas estamos aí pra isso. Não é pra entrevistar o vereador de Birigui, sem nenhuma ofensa aos vereadores de Birigui. Mas é pra entrevistar gente que tenha dimensão nacional, que esteja fazendo coisas." Conti deve assumir a função em outubro, com um novo cenário, de Daniela Thomas. Em setembro, em comemoração aos 25 anos do "Roda Viva", a Cultura exibirá uma seleção dos melhores momentos do programa. Sobre a reestruturação da Cultura, o novo âncora disse que não vê crise. "Vejo eles tentando mudar, fazer alguma coisa contemporânea." Leia a íntegra da entrevista folha.com/no961039 Texto Anterior: "Marighella lembra Malcolm X, Public Enemy, Racionais" Próximo Texto: FOLHA.com Índice | Comunicar Erros

Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.