São Paulo, segunda-feira, 18 de setembro de 2000

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Época do autor valorizava dueto tenor-soprano

DA REPORTAGEM LOCAL

Donizetti é talvez o mais prolixo dos compositores italianos dos primeiros anos do romantismo. Deixou 71 óperas ao morrer, aos 50 anos. Menos de dez (como "Anna Bolena" ou "Don Pasquale") ainda são, com frequência, encenadas.
Nos tempos de Donizetti, o público (na Itália e na França, onde o compositor se fixou) dava mais atenção à beleza harmônica de árias ou duetos, consagrando como padrão dramático o relacionamento amoroso, conturbado ou impossível, de uma soprano com um tenor.
"Lucia" -que não é montada há 11 anos em São Paulo- é, nesse ponto, exemplar. Estreada em Nápoles em 1835, seu libretista Salvatore Cammarano cria, com base em Walter Scott, situações de altíssima beleza cênica, como o sexteto vocal do final do segundo ato.
Nele, Edgardo entra em cena quando Lucia assina seu contrato de casamento com Arturo. No ato seguinte, enlouquecida, ela se entrega a uma ária por muitos considerada como a mais bela escrita por Donizetti. (JBN)



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