Não há tolo neste mundo que não se disponha a destratar Manoel de Oliveira sem sutileza. Não faz muito, seu "Palavra e Utopia" foi chamado de "sonolento". Certos filmes podem dar sonolência a quem não possui certos referenciais, e um "A Carta" (Cinemax, 23h45) pode soar uma maluquice, com transições entre os séculos 20 e 17, roqueiros e jansenistas.
Há humor e atrevimento nessa adaptação de "A Princesa de Clèves" e, sobretudo, quando se propõe a convivência de costumes com três séculos de distância. Não é nada do outro mundo, mas com um pouco de honestidade pode-se dizer apenas "não entendi", em lugar de se injuriar coisas que não chegamos a entender. A elevação da ignorância a predicado é preocupante. (INÁCIO ARAUJO)

TERRORISMO

David Letterman entrevista a jornalista Judith Miller

DA REDAÇÃO

O programa "Late Show with David Letterman", que vai ao ar às 22h30, no GNT, traz uma entrevista com a jornalista do "The New York Times" Judith Miller. Na último dia 12, ela recebeu, na redação do jornal onde trabalha, um envelope sem remetente, com selo da Flórida. Após aberto, espalhou uma nuvem de pó branco, levantando imediatamente a suspeita de mais uma ataque com a bactéria antraz.
Os testes para antraz acusaram negativo, não sem antes causar um alvoroço e o esvaziamento da redação. "Esse é um modo relativamente barato de disseminação máxima do terror", disse a jornalista.
Miller também é escritora especializada em bioterrorismo e lançou recentemente o livro "Germs".



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