São Paulo, quarta-feira, 19 de janeiro de 2005

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CINEMA

Atriz norte-americana tinha 84 anos; entre as décadas de 40 e 50, contracenou com alguns dos maiores atores do período

Morre Virginia Mayo, estrela da Hollywood dos anos 40

DA REDAÇÃO

A atriz norte-americana Virginia Mayo, uma das mais belas estrelas da Hollywood dos anos 40 e 50, morreu anteontem, aos 84 anos, em uma casa de repouso próxima a sua residência, em Thousand Oaks, Califórnia (EUA). Segundo o jornal "Los Angeles Times", as causas foram complicações decorrentes de uma pneumonia e um ataque cardíaco. A atriz deixa uma filha.
Loira e dona de uma figura curvilínea, Mayo tinha uma beleza que a tornou ideal para musicais com fotografia Technicolor e aventuras, além de dramas -ela apareceu em mais de 40 filmes durante as décadas de 1940 e 50.
"Inicialmente, queria ser dançarina, mas terminei atriz, e contracenei com alguns dos maiores atores de nossa época", disse ela em uma entrevista em 2001.
Nascida Virginia Claro Jones, adotou seu nome artístico de Andy Mayo, chefe de uma produção de vaudeville em que ela trabalhou quando jovem.
Sua estréia em Hollywood foi com um pequeno papel no filme "Jack London" (1943), biografia sobre o autor, interpretado por Michael O'Shea, com quem se casou em 1947. Em uma entrevista em 1956, ela relembrava: "Ele estava sentado, me observando, e então andou em minha direção e me beijou". O casal ficou junto até a morte do ator, em 1973; Mayo nunca se casou novamente.
Logo a atriz ganhou mais destaque, contracenando com Bob Hope em "A Princesa e o Pirata" (1944). No mesmo ano, teve um papel não-creditado em "Sonhando de Olhos Abertos", mas que marcaria o início de produtiva parceria com o ator Danny Kaye, com quem fez cinco filmes.
Seu grande momento, no entanto, ainda estava por vir. Ao assinar contrato com a Warner Bros., Mayo se tornaria uma de suas maiores estrelas. Em 1949, a atriz chegou a aparecer em cinco produções do estúdio.
Na ocasião, a Warner soltou uma empolgada nota à imprensa: "Com 51,75 kg, ela é potencialmente tão valiosa quanto um acre de terra no centro de Los Angeles -e muitas vezes mais desejável".
Segundo críticos, suas melhores performances foram nos filmes "Fúria Sanguinária" (1949), de Raoul Walsh, em que era a inescrupulosa mulher do gângster interpretado por James Cagney, e no vencedor do Oscar "Os Melhores Anos de Nossas Vidas" (1946).
Entre outras parcerias com atores famosos, estão Gregory Peck ("O Falcão dos Mares", 1951); Paul Newman ("O Cálice Sagrado", 1954) e Burt Lancaster ("O Gavião e a Flecha", 1950). Durante os anos 60, a carreira de Mayo no cinema declinou, e ela decidiu dedicar mais tempo ao teatro.


Com agências internacionais

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