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Jack Bauer volta à Globo barbudão
Sexta temporada de "24 Horas", que traz o agente liberto de masmorras chinesas, estréia na emissora nesta segunda
Agente começa ano mais polêmico da série voltando aos EUA sem saber que será usado como moeda de troca com terroristas árabes
LÚCIO RIBEIRO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Se você é fã da série "24 Horas", mas não baixa os episódios na internet assim que passam na televisão americana,
não recorre à pirataria na semana seguinte, não acompanha pela TV paga alguns meses
depois nem compra o DVD
mais alguns meses adiante, então sua hora chegou.
A Globo bota as famosas cenas explícitas de tortura, ataques terroristas e intriga internacional generalizada ao alcance da TV aberta a partir da próxima segunda-feira, depois de
seu último telejornal noturno.
A sexta temporada de "24
Horas", talvez o mais polêmico
ano da série, começa com seu
herói, o agente Jack Bauer
(Kiefer Sutherland), voltando
aos Estados Unidos destroçado, depois de uma temporada
em masmorras chinesas.
Mas o MacGyver-Bond dos
tempos modernos está longe de
se sentir aliviado. Ele foi resgatado pelo governo americano
das mãos dos chineses para servir de escambo humano com
terroristas árabes.
E a montanha-russa de explosões, reviravoltas e tiroteios
da sexta temporada vai começar mesmo quando Bauer recorrer a uma tática do conde
Drácula para deixar de ser a caça e virar o caçador.
Série narrada em "tempo
real", que inovou ao colocar um
reloginho digital na tela para
acompanhar quase minuto a
minuto as várias situações de
um dia "daqueles" da vida do
agente especial antiterrorista,
"24 Horas" extrapolou a TV e
chegou a ser discutida no Congresso americano, em escolas e
em revistas como a "New Yorker". Tudo por causa de sua
"sugestão" de campo de concentração para muçulmanos
em plena Los Angeles e de seus
interrogatórios para obter a
"verdade" dos terroristas sob
qualquer custo, já que vale tudo
para salvar a pátria.
Audiência
O escritor Stephen King, fã
de Jack Bauer, chegou a escrever um artigo sobre a "mensagem subliminar" que "24 Horas" parecia passar ao telespectador: "Em situações extremas,
está liberado torturar qualquer
um que quisermos. Na verdade,
nós temos a obrigação de torturar na hora de proteger o país".
Dois detalhes: a série "24 Horas" é campeã de audiência na
hora de lazer dos soldados americanos que estão servindo à
pátria no Iraque. Quando essa
sexta temporada começou a ir
ao ar nos Estados Unidos, em
janeiro de 2007, os quatro primeiros episódios, exibidos especialmente em dois dias consecutivos para "prender" logo
no começo o público na poltrona, foram vistos por 33 milhões
de pessoas.
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