São Paulo, sábado, 19 de janeiro de 2008

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Jack Bauer volta à Globo barbudão

Sexta temporada de "24 Horas", que traz o agente liberto de masmorras chinesas, estréia na emissora nesta segunda

Agente começa ano mais polêmico da série voltando aos EUA sem saber que será usado como moeda de troca com terroristas árabes

LÚCIO RIBEIRO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Se você é fã da série "24 Horas", mas não baixa os episódios na internet assim que passam na televisão americana, não recorre à pirataria na semana seguinte, não acompanha pela TV paga alguns meses depois nem compra o DVD mais alguns meses adiante, então sua hora chegou.
A Globo bota as famosas cenas explícitas de tortura, ataques terroristas e intriga internacional generalizada ao alcance da TV aberta a partir da próxima segunda-feira, depois de seu último telejornal noturno.
A sexta temporada de "24 Horas", talvez o mais polêmico ano da série, começa com seu herói, o agente Jack Bauer (Kiefer Sutherland), voltando aos Estados Unidos destroçado, depois de uma temporada em masmorras chinesas.
Mas o MacGyver-Bond dos tempos modernos está longe de se sentir aliviado. Ele foi resgatado pelo governo americano das mãos dos chineses para servir de escambo humano com terroristas árabes.
E a montanha-russa de explosões, reviravoltas e tiroteios da sexta temporada vai começar mesmo quando Bauer recorrer a uma tática do conde Drácula para deixar de ser a caça e virar o caçador.
Série narrada em "tempo real", que inovou ao colocar um reloginho digital na tela para acompanhar quase minuto a minuto as várias situações de um dia "daqueles" da vida do agente especial antiterrorista, "24 Horas" extrapolou a TV e chegou a ser discutida no Congresso americano, em escolas e em revistas como a "New Yorker". Tudo por causa de sua "sugestão" de campo de concentração para muçulmanos em plena Los Angeles e de seus interrogatórios para obter a "verdade" dos terroristas sob qualquer custo, já que vale tudo para salvar a pátria.

Audiência
O escritor Stephen King, fã de Jack Bauer, chegou a escrever um artigo sobre a "mensagem subliminar" que "24 Horas" parecia passar ao telespectador: "Em situações extremas, está liberado torturar qualquer um que quisermos. Na verdade, nós temos a obrigação de torturar na hora de proteger o país".
Dois detalhes: a série "24 Horas" é campeã de audiência na hora de lazer dos soldados americanos que estão servindo à pátria no Iraque. Quando essa sexta temporada começou a ir ao ar nos Estados Unidos, em janeiro de 2007, os quatro primeiros episódios, exibidos especialmente em dois dias consecutivos para "prender" logo no começo o público na poltrona, foram vistos por 33 milhões de pessoas.


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