São Paulo, segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

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Gringos reforçam arquitetura de SP

Escritório americano DBB Aedas, que reformou a biblioteca de Nova York e fará metrô de Dubai, ganha filial na cidade

Representação no Brasil aponta internacionalização; "SP tem uma oportunidade histórica", diz arquiteto francês que atua na cidade


MARIO GIOIA
DA REPORTAGEM LOCAL

O processo de internacionalização da arquitetura no Brasil ganha mais um impulso com a abertura oficial do escritório DBB Aedas, cujos projetos de destaque incluem a reforma da Biblioteca Pública de Nova York (já concluída), as estações de metrô de Dubai, a reforma da Universidade Columbia e o Museu do Memorial World Trade Center (em fase de desenvolvimento).
Instalado em dezembro passado no bairro do Itaim Bibi, em São Paulo, desde 1996 o DBB Aedas já havia realizado algumas intervenções pontuais no Brasil -como a unidade da indústria de equipamentos para carros Valeo, em Guarulhos (SP). Agora, no entanto, ganha uma filial com profissionais brasileiros e com alguns projetos já sendo desenvolvidos.
A chefe em São Paulo é a arquiteta Anna Julia Dietzsch, 41, formada na FAU-USP (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo) e que passou por alguns escritórios paulistanos antes de fazer mestrado em Harvard e trabalhar na sede do Aedas, em Nova York.

Grandes projetos
A vinda do DBB Aedas se soma a recentes projetos de arquitetos conhecidos em escala global e que fizeram ou estão em vias de realizar grandes projetos no Brasil. Nessa lista, podem ser citados o novo prédio da Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre, de Álvaro Siza, entregue no ano passado; a Cidade da Música (ainda não finalizada), do francês Christian de Portzamparc, no Rio; e o novo teatro de ópera e dança, no centro de São Paulo, da dupla suíça Herzog & De Meuron, com previsão de ser inaugurado em 2010.
"Existe claramente uma maior profissionalização. Há dez anos, abrir algo do tipo era algo impensável", afirma Dietzsch, que é uma das autoras do projeto da praça Victor Civita, em São Paulo, ao lado de Adriana Blay Levisky. A praça ganhou o prêmio da seção paulista do IAB (Instituto de Arquitetos do Brasil) na categoria urbanismo, em dezembro. "Outro ponto favorável é o papel diferente que o Brasil tem na economia global. Agora há maiores interesses e condições para projetos diferenciados."


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