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São Paulo, quarta-feira, 19 de fevereiro de 2003

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Marília Pêra conheceu gênero com os pais

DA REPORTAGEM LOCAL

A atriz Marília Pêra não poderia ficar fora das páginas do livro "Fora do Sério - Um Panorama do Teatro de Revista no Brasil". Ela está lá, ocupando página inteira com "A Vida Escrachada de Joana Martini e Baby Stompanato" (1972).
Na verdade, não se trata de uma peça do gênero, mas o autor, Bráulio Pedroso, concebe a história de uma personagem que tinha no teatro de revista o seu ofício. Em entrevista à Folha, Marília, 60, rememora sua infância. "É um gênero muito ligado a minha vida. Quando menina, eu ia com meus pais ao teatro Recreio, na praça Tiradentes. Era uma alegria enorme por causa da música, das luzes", afirma.
"Mamãe foi "girl" em "Tem Bububu no Bobobó" [1959, de Walter Pinto, Luís Iglezias, J. Maia e Max Nunes]", conta.
Ela, Marília, nunca foi vedete, aquelas moças que protagonizavam os números de nus. Sempre atuou como bailarina, o que lhe exigia muito fôlego.
"Hoje, vejo um espetáculo aqui, outro ali, no qual os criadores dizem que fazem teatro de revista, mas não têm o esplendor do passado, a malícia que ficava em segundo plano."
Atriz que transita com desenvoltura pelo teatro, pelo cinema e pela TV, Marília Pêra tem o teatro de revista como "um tesouro" da carreira.
"Carrego para sempre os brilhos nos olhos, o sentimento de alegria. Eu adoraria dirigir uma revista", afirma. (VS)


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