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Marília Pêra conheceu gênero com os pais
DA REPORTAGEM LOCAL
A atriz Marília Pêra não poderia ficar fora das páginas do
livro "Fora do Sério - Um Panorama do Teatro de Revista
no Brasil". Ela está lá, ocupando página inteira com "A Vida
Escrachada de Joana Martini e
Baby Stompanato" (1972).
Na verdade, não se trata de
uma peça do gênero, mas o autor, Bráulio Pedroso, concebe a
história de uma personagem
que tinha no teatro de revista o
seu ofício. Em entrevista à Folha, Marília, 60, rememora sua
infância. "É um gênero muito
ligado a minha vida. Quando
menina, eu ia com meus pais
ao teatro Recreio, na praça Tiradentes. Era uma alegria enorme por causa da música, das luzes", afirma.
"Mamãe foi "girl" em "Tem
Bububu no Bobobó" [1959, de
Walter Pinto, Luís Iglezias, J.
Maia e Max Nunes]", conta.
Ela, Marília, nunca foi vedete,
aquelas moças que protagonizavam os números de nus.
Sempre atuou como bailarina,
o que lhe exigia muito fôlego.
"Hoje, vejo um espetáculo
aqui, outro ali, no qual os criadores dizem que fazem teatro
de revista, mas não têm o esplendor do passado, a malícia
que ficava em segundo plano."
Atriz que transita com desenvoltura pelo teatro, pelo cinema e pela TV, Marília Pêra tem o teatro de revista como "um
tesouro" da carreira.
"Carrego para sempre os brilhos nos olhos, o sentimento de
alegria. Eu adoraria dirigir uma
revista", afirma.
(VS)
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