São Paulo, domingo, 19 de fevereiro de 2006

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ILUSTRADA

Em sua primeira noite no Rio, integrantes da banda ficam o tempo todo no hotel e não comparecem a ensaio de escola

Stones evitam o samba e frustram os fãs

DOS ENVIADOS AO RIO
DA SUCURSAL DO RIO

Com mais de 60 anos de idade, os integrantes dos Rolling Stones, aparentemente, não precisam mais sair para badalações noturnas para conseguir satisfação.
Em sua primeira noite no Rio, anteontem, Mick Jagger, Keith Richards, Ron Wood e Charlie Watts não apareceram no ensaio da escola de samba Imperatriz Leopoldinense, como se cogitava, e também não fizeram qualquer outro programa -até o início da tarde de ontem, haviam ficado o tempo todo no Copacabana Palace, onde estão hospedados e onde uma multidão de fãs, turistas e repórteres os aguardavam.
A única celebridade a aparecer foi a apresentadora Luciana Gimenez -mãe de Lucas Jagger, 6, filho de Mick. Após passar o dia no hotel, ela saiu às 22h15 para ir ao ensaio da Imperatriz, onde estreará como rainha de bateria. Gimenez deixou o local depois que as negociações para levar o grupo ao Sambódromo fracassaram. Ela disse que convidou Jagger para ir à quadra da Imperatriz na noite de ontem, após o show, mas que não teve resposta.
Da banda, o máximo de contato com o ar carioca veio com as aparições na sacada do hotel dos guitarristas Ron Wood e Keith Richards, que acenaram à multidão; Jagger foi à janela apenas uma vez para ver o palco. O baixista convidado Darryl Jones foi o único músico a deixar o hotel. Uma equipe médica foi contratada para acompanhar a banda no Rio, e médicos montaram um posto no hotel. Durante o show, os Stones estariam sob observação.
Se do lado dos Stones a movimentação foi pouca, do outro lado da avenida Atlântica, na praia, o teste de luzes do palco e a concentração de fãs chamavam a atenção. Com cerca de 30 barracas e tendas armadas em frente ao palco, um aglomerado de pessoas improvisou uma espécie de festival de Woodstock. Havia diversas rodinhas com violões, bebidas e cigarros. A platéia confraternizava sob o olhar de policiais que ocupavam duas tendas no local.
Um grupo de quase 20 motociclistas vindos do Rio Grande do Sul roubou a atenção por alguns momentos ao estacionar suas motos na avenida Atlântica.
A noite pouco produtiva para os fãs que esperavam a banda foi ainda pior para os camelôs que vendiam badulaques -camisetas, bandanas, cangas etc. Por volta das 23h50, uma operação realizada por fiscais da Prefeitura do Rio e guardas municipais armados com cassetetes reprimiu o comércio ilegal, apreendendo a mercadoria de diversos vendedores. O efeito foi passageiro: meia hora após a passagem dos fiscais, os camelôs voltaram com os produtos. (THIAGO NEY, MARCO AURÉLIO CANÔNICO E LUIZ FERNANDO VIANNA)


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