São Paulo, domingo, 19 de fevereiro de 2006

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Sob calor de 38, público e carros lotam praia

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO

O aterro do Flamengo na manhã de ontem já estava lotado de ônibus com fãs dos Rolling Stones. Até o meio-dia, havia 400 carros parados. A expectativa era que esse número atingisse o dobro até a noite. O acesso foi interditado à meia-noite de sábado para estacionar os carros que traziam pessoas de todo o país. De mochila nas costas, grupos de todas as idades desembarcavam e corriam em direção a Copacabana para garantir lugar. Lá, sob o calor de 38, pessoas de vários Estados não paravam de chegar; a multidão crescia a cada minuto.
"É o maior show da vida deles, e da minha também. Vai ficar para a história", dizia Paula Godinho, 20, de Sorocaba, interior de São Paulo. A estudante disse que decidiu vir ao Rio logo que soube do evento: "Essa oportunidade de ver minha banda preferida era imperdível. Em Copacabana e de graça é só uma vez na vida".
Quarenta pessoas de Governador Valadares (MG) fretaram um ônibus para assistir de perto à banda inglesa na praia. Líder do grupo, a mineira Larissa Damasceno, 30, diz que aguarda esse momento há tempos e que não se incomodou com a distância. "Foi um chamariz para reunir o pessoal até o Rio", afirmou.
Com gorro e óculos escuros, Irene Gomes, 36, também de Governador Valadares, disse que teve dificuldade para ser liberada do salão de beleza onde trabalha para viajar ao Rio.
"Foi complicado, mas não perderia por nada", disse a cabeleireira, que adora o clima de "adrenalina" dos integrantes dos Rolling Stones.
Baterista de uma banda de rock de Jacarezinho (PR), Marcos Andarilhus, 31, estava animado para o show em Copacabana. A língua-símbolo da banda de Mick Jagger foi tatuada no ombro esquerdo do músico paranaense, que se inspira no grupo para compor e tocar. "Eles são bons mesmo, não podia deixar de vê-los aqui", disse Andarilhus.
Em frente ao hotel Copacabana Palace, para fugir do sol e garantir um bom lugar na areia,o empresário brasiliense Samuel Campos, 39, comprou uma rede de um ambulante nordestino e se acomodou, junto com a mulher, Aletussa, 33, entre os galhos de uma árvore a cerca de cem metros da lateral do palco.
Muitos fãs chegavam fantasiados, carregando bandeiras do Brasil e cartazes em inglês, na esperança de serem vistos pela banda. O compositor carioca Marco William,45, carregava uma faixa pedindo que os Rolling Stones gravassem uma música de sua autoria. O título: "Tsunami". (MICHELLE STRZODA E FERNANDO MAGALHÃES)


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