JORGE CARRARA
ENVIADO ESPECIAL AO RIO GRANDE DO SUL

A última visita às terras gaúchas, que incluiu um giro pela Fenavinho 2009 -feira que reúne até o dia 24, em Bento Gonçalves, mais de 90 vinícolas nacionais-, mostrou novamente que os goles do país continuam em alta.
Foram provados bons tintos, mas, entre os vinhos tranquilos, brilharam os brancos da última safra, 2008, tanto os oriundos da serra quanto os de novas regiões, do Rio Grande do Sul ou não, de variedades tradicionais ou de outras mais recentes no mercado.
Nessa ala, menção para o Sauvignon Blanc da Dal Pizzol (tel. 0/xx/54/3449-2255), adega de Bento Gonçalves. Elaborado com uvas de Livramento (RS), na fronteira com o Uruguai, ele mostra boa fruta (abacaxi maduro, leve maracujá) e frescor (86/100, R$ 16,50 mais o valor do frete; à venda em caixas com seis garrafas).
Bom também outro sauvignon blanc, o Núbio, da Sanjo, empresa de Santa Catarina, Estado que está mostrando belos brancos. É um vinho com sabor intenso, que mescla frutas tropicais e cítricas com toques de aspargo, num paladar vivaz (87/ 100, R$ 39).
Uma das surpresas foi a Don Guerino, nova casa da serra gaúcha, pelo Victoria, um chardonnay rico em boca, pura fruta, bem equilibrado (86/100, R$ 26, ambos à venda na AOC, tel. 0/xx/ 11/3044-1697). Outro belo chardonnay é o da Pizzato (tel. 0/xx/11/ 5536-5265), igualmente frutado (maçã, abacaxi), com um toque de camomila e boa acidez (86/100, R$ 30).
Na Angheben, adega do Vale dos Vinhedos, agradou o Gewürztraminer (outra cepa ganhando espaço, como a sauvignon). Elaborado com uvas de Encruzilhada do Sul (área que está despontando no Rio Grande do Sul), agrada pelo paladar frutado-floral, com um toque mineral, realçado por uma boa acidez (87/100, R$ 29, na Vinci, tel. 0/xx/11/ 2097-0000).

O colunista JORGE CARRARA visitou o Rio Grande do Sul a convite do Instituto Brasileiro do Vinho


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