São Paulo, quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

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TELEVISÃO

Crítica

Irmãos Marx desafiam rotina dos sentidos

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Durante o Maio de 68 em Paris, alguém escreveu numa parede: "Sou marxista, tendência Grouxo". Então estava tudo claro: havia os stalinistas, os maoístas e os grouxistas. Os dois primeiros grupos disputavam o poder. O último lutava para desarmá-lo.
Não para derrotá-lo, porque é impossível, mas para deixá-lo desconcertado. Assim era com os irmãos Marx, sobretudo seu trio central, Grouxo, Harpo e Chico. Em cada movimento, em cada frase, eles tocam um lado inesperado das coisas, desafiam a rotina dos sentidos e do raciocínio.
Em "O Diabo a Quatro" (TCM, 14h; livre), Rufus T. Firefly (Grouxo) se torna alto mandatário da Freedonia, um paiseco, graças à sua benfeitora, Margaret Dumont.
A ela, aliás, dedicará uma das réplicas antológicas do filme ("Vamos defender a honra desta mulher. Já que ela mesmo não o faz"). O resto, nesta comédia de Leo McCarey (um baita reaça, aliás), é completa anarquia.


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