São Paulo, sábado, 19 de fevereiro de 2011 |
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Cinema alemão dá novos enfoques a grandes temas DA ENVIADA A BERLIM Não tem jeito: o cinema alemão continua apegado aos grandes temas de sua história. E parece de fato infindável o manancial de tramas que o passado fornece aos roteiristas. "If not Us, Who" (se não nós, quem), de Andre Veiel, volta ao grupo Baader-Meinhof, mas de maneira absolutamente original. Acompanhamos, quase em clima de thriller, a história política do país nas décadas de 1960 e 1970, por meio do jovem escritor Bernward Vesper. Empurrado pelos ventos de sua geração, ele tenta equilibrar-se entre a herança maldita do pai, um escritor que defendera Hitler, e os ideais revolucionários da namorada, Gudrun Ensslin. O nazismo, de novo ele, é o tema central de "Meu Melhor Inimigo", exibido fora de competição. Mas o diretor Wolfgang Murnberger também procurou uma história lateral para voltar à velha grande história. Apesar de tratar da perseguição aos judeus, o filme não vai aos campos de concentração. Seu assunto são as obras de arte confiscadas por Hitler: Seu "protagonista" é uma gravura de Michelangelo. Já quando o tempo do roteiro é o presente, o principal assunto alemão, na Berlinale, é a questão da identidade europeia e do olhar sobre os estrangeiros. A comédia "Alymania", dirigida por uma jovem alemã de origem turca, traz um olhar conciliador, numa narrativa com um quê de "A Vida É Bela", sobre a imigração turca, outro tema-chave por aqui. (APS) Texto Anterior: Filmes de Berlim revelam mundo com olhar partido Índice | Comunicar Erros |
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