São Paulo, domingo, 19 de março de 2006

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FILMES

TV ABERTA

Jackson inicia saga de Frodo em "A Sociedade do Anel"

Super Pai
Globo, 13h.  

(Joe Somebody). EUA, 2001, 98 min. Direção: John Pasquin. Com Tim Allen. Além de estar se divorciando da mulher, Allen é humilhado no escritório na presença da filha. O que o força a rever suas atitudes.

Esqueceram de Mim
Record, 20h30.    

(Home Alone). EUA, 1990, 90 min. Direção: Chris Columbus. Com Macaulay Culkin. Família esquece o filho ao sair de férias. No início, o garoto se acha no paraíso. Depois, terá de defender sua casa contra dois bandidos . Desses dois momentos, no mais, virá o essencial em matéria de humor.

O Senhor dos Anéis - A Sociedade do Anel
SBT, 20h50.    

(The Lord of Rings - The Fellowship of the Rings). EUA/Nova Zelândia, 2001, 165 min. Direção: Peter Jackson. Com Elijah Wood, Liv Tyler, Cate Blanchett. Primeiro filme da trilogia, aqui tem início a aventura de Frodo, que junto aos membros da Sociedade do Anel, procura levar o tal anel à Montanha da Perdição, lugar onde a jóia será devidamente destruída. Naturalmente, haverá forças que se opõem.

Blackjack
Globo, 23h45.    

(Blackjack). Canadá, 1998, 94 min. Direção: John Woo. Com Dolph Lundgreen. O guarda-costas assume a missão de proteger a filha de um dono de cassino contra gângsteres russos.

O Jogo da Morte 2
Bandeirantes, 0h.  

(Game of Death 2). Hong Kong, 1981. Direção: Ng See-Yuan. Com Bruce Lee. Bruce Lee aqui entra com o nome e cenas antigas (seu último filme foi "O Jogo da Morte", de 1979). Aqui, seu irmão procura o homem que o assassinou.

Encaixotando Helena
SBT, 2h.   

(Boxing Helena). EUA,1992, 107 min. Direção: Jennifer Chambers Lynch. Com Sherilyn Fenn. Ao perceber que Helena não quer nada com ele, médico obsessivo aproveita que ela sofreu um acidente para trancafiá-la em casa. Uma esquisitice com a marca registrada da família Lynch.

A Família Walton - O Casamento de John Boy
SBT, 4h.   

(A Walton Wedding). EUA, 1994. Direção: Robert Ellis Miller. Com Richard Thomas. O casal Walton passa por momentos de aflição quando a noiva de seu filho John, garota chique, decide passar uns dias em sua fazenda e, depois, fazer a festa de casamento ali mesmo. Filme para TV. (IA)

TV PAGA

Hawks faz do heroísmo uma farsa em "York"

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Era uma figura, o sargento Alvin York, arruaceiro e cachaceiro que um dia se converte à religião e decide nunca mais beber ou agredir pessoas, além de se ocupar devotadamente de seu casamento.
York, esse caipira de carteirinha, tenta cair fora quando é convocado para a Primeira Guerra, em 1917, mas não consegue. Segue para a Europa e lá se torna o protótipo do herói de guerra: mata um bando de alemães, captura uma montanha deles antes de voltar para casa.
"Sargento York" (Futura, 1h30) é a biografia de York. Foi feito em 1941, portanto na época em que os EUA estavam em cima do muro, entre entrar na Segunda Guerra ou não. Obviamente, é um chamado belicista e contra os pacifistas. Trata-se de demonstrar como a defesa dos princípios pacifistas passa pela necessidade de enfrentar o inimigo e, eventualmente, matá-lo.
Isso quanto ao "fundo", isto é, o chamado conteúdo. Mas vale lembrar que o filme se deve ao diretor Howard Hawks, o profeta do vazio, de maneira que ele consegue habilmente esvaziar o conteúdo patriótico da história, minguando o heroísmo de York (com o que, aliás, o próprio York concordava).
Assim, em vez das grandes cenas de guerra, o que nos interessa neste filme é a caça ao peru -esporte que York pratica em sua cidadezinha com extrema classe. Mais tarde veremos o peso que isso tem na guerra: é graças ao hábito de caçar perus que York se mostra capaz de, na guerra, caçar o inimigo.
Hawks não chega ao ponto de um Fuller, para quem na guerra o único heroísmo é sobreviver. Talvez mais bem-humorado, talvez mais perverso, "Sargento York" constata que o heroísmo é, em geral, uma farsa.


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