São Paulo, segunda-feira, 19 de março de 2007

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Crítica

TC Cult exibe o melhor trabalho de Carmen Miranda

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Entre os vários motivos para assistir ao filme "Entre a Loura e a Morena" (Telecine Cult, 12h20) está, naturalmente, o fato de esse ser o melhor trabalho de Carmen Miranda em Hollywood.
Há outros, mas vamos convir que o encontro entre Carmen e o diretor Busby Berkeley tinha mesmo tudo para ser perfeito. Berkeley era o rei da extravagância, seja pela colocação de câmera, seja pela maneira como concebia seus balés: não era a dança o primordial, mas a relação estabelecida entre o corpo dos bailarinos (e mesmo os objetos) e a movimentação de câmera.
Carmen também era uma extravagante nata e cultivada (soube, por exemplo, preservar muito bem o seu sotaque acentuado e fazer dele um ponto de venda).
O balé das bananas, em "The Lady in the Tutti Frutti Hat", é um desses momentos exemplares do musical: um delírio surrealista de movimentos, de cores, de gestos e de sons a serviço da sensualidade.


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