São Paulo, sábado, 19 de março de 2011

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CRÍTICA DOCUMENTÁRIO

Obra traça retrato rico da coragem de Anna Politkovskaya

ALEXANDRE AGABITI FERNANDEZ
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A jornalista russa Anna Politkovskaya foi assassinada em outubro de 2006 por denunciar as atrocidades da guerra da Chechênia.
Dias depois, o então presidente russo, Vladimir Putin, impiedosamente criticado por ela, disse que o crime, "terrível", "não ficaria sem punição". Segue sem solução até hoje.
Politkovskaya foi objeto de alguns documentários após sua morte, mas nenhum deles oferece um retrato tão rico dela quanto "O Gosto Amargo da Liberdade", da russa Marina Goldovskaya, que terá retrospectiva no É Tudo Verdade.
Uma das mais importantes documentaristas de seu país das últimas décadas, Goldovskaya fez filmes fundamentais para compreender a decomposição da União Soviética e as transformações que se seguiram.
A cineasta conhecia Politkovskaya havia décadas. O filme celebra a coragem da jornalista, que dizia se sentir responsável pelo que seu país fazia na Chechênia, mas não cai na hagiografia.
Alguns entrevistados chegam a criticar seu "emocionalismo", que comprometeria sua objetividade. Mas não há como negar que ela via o que outros não queriam ver, incomodando Putin e boa parte da população russa.

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