São Paulo, quarta-feira, 19 de abril de 2000


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CINEMA
2º Festival Internacional de Brasília vai exibir 49 filmes, vindos de 23 países, até o dia 1º de maio
Brasília vê o novo cinema do mundo

da Equipe de Articulistas

O 2º Festival Internacional de Cinema de Brasília começa hoje à noite, com a exibição especial do brasileiro "Villa-Lobos - Uma Vida de Paixão", de Zelito Viana, do chinês "17 Anos", de Zhang Yuan, e - se a greve na Receita Federal não retiver o filme na alfândega - do britânico "Topsy-Turvy", de Mike Leigh.
Até o dia 1º de maio o evento, que se realiza nas três salas do Cine Academia, no "resort" Academia de Tênis de Brasília, vai exibir 49 filmes, vindos de 23 países. Vinte e quatro deles são inéditos no Brasil. Outros, como "Gente da Sicília" (de Straub) e "O Vento Nos Levará" (de Kiarostami), passaram na Mostra Internacional de São Paulo ou no Festival do Rio do ano passado.
Os quatro longas-metragens brasileiros programados ainda não estrearam comercialmente no país. Além de "Villa-Lobos", estão no festival "O Rap do Pequeno Príncipe Contra as Almas Sebosas", de Paulo Caldas e Marcelo Luna, "Dia da Caça", de Alberto Graça, e "Soluços e Soluções", de Edu Felistoque e Nereu Cerdeira.
Um dos destaques da programação são os filmes de novos cineastas, sobretudo os do extremo Oriente, como o japonês "Bootleg Film", de Masahiro Kobayashi, o chinês "Belo Mundo Novo", de Shi Run Jiu, e "O Verão Mais Longo", de Fruit Chang, de Hong Kong.
Masahiro Kobayashi estará presente ao evento, assim como o cineasta dinamarquês Nicolas Winding Refn, que comparece com os longas "Bleeder" e "Pusher". Também o produtor italiano Daniele Mazzoca estará em Brasília, para apresentar "Sou Positivo", de Cristiano Bortone.
O número de filmes programados dobrou em relação à primeira edição do festival, no ano passado, mas o crescimento deve parar por aí. "Não queremos fazer um evento com cem títulos, que acabaria impondo um modo meio desesperado de ver os filmes", disse à Folha Marco Farani, coordenador do festival e diretor do Cine Academia.
Segundo Farani, a edição do ano passado foi um sucesso. "Brasília tem um público informado e politizado, que sente falta de uma programação internacional diversificada. O festival atende à vocação cosmopolita da capital."
No Festival Internacional de Brasília, o público elege o melhor filme, entre os realizados por novos cineastas, o que inclui os que estão no máximo no terceiro longa. O vencedor ganha o troféu Buriti de Prata.
Paralelamente à exibição, haverá debates sobre temas como a Lei do Audiovisual, com a presença do secretário do Audiovisual, José Álvaro Moisés, e a política de segurança pública no país, com a participação do novo ministro da Justiça, José Gregori. O "gancho" para esse último debate será a exibição do longa "O Rap do Pequeno Príncipe", sobre um presidiário. (JOSÉ GERALDO COUTO)


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