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CINEMA
2º Festival Internacional de Brasília vai exibir 49 filmes, vindos de 23 países, até o dia 1º de maio
Brasília vê o novo cinema do mundo
da Equipe de Articulistas
O 2º Festival Internacional de
Cinema de Brasília começa hoje à
noite, com a exibição especial do
brasileiro "Villa-Lobos - Uma Vida de Paixão", de Zelito Viana, do
chinês "17 Anos", de Zhang Yuan,
e - se a greve na Receita Federal
não retiver o filme na alfândega
- do britânico "Topsy-Turvy",
de Mike Leigh.
Até o dia 1º de maio o evento,
que se realiza nas três salas do Cine Academia, no "resort" Academia de Tênis de Brasília, vai exibir
49 filmes, vindos de 23 países.
Vinte e quatro deles são inéditos
no Brasil. Outros, como "Gente
da Sicília" (de Straub) e "O Vento
Nos Levará" (de Kiarostami),
passaram na Mostra Internacional de São Paulo ou no Festival do
Rio do ano passado.
Os quatro longas-metragens
brasileiros programados ainda
não estrearam comercialmente
no país. Além de "Villa-Lobos",
estão no festival "O Rap do Pequeno Príncipe Contra as Almas
Sebosas", de Paulo Caldas e Marcelo Luna, "Dia da Caça", de Alberto Graça, e "Soluços e Soluções", de Edu Felistoque e Nereu
Cerdeira.
Um dos destaques da programação são os filmes de novos cineastas, sobretudo os do extremo
Oriente, como o japonês "Bootleg
Film", de Masahiro Kobayashi, o
chinês "Belo Mundo Novo", de
Shi Run Jiu, e "O Verão Mais Longo", de Fruit Chang, de Hong
Kong.
Masahiro Kobayashi estará presente ao evento, assim como o cineasta dinamarquês Nicolas
Winding Refn, que comparece
com os longas "Bleeder" e "Pusher". Também o produtor italiano Daniele Mazzoca estará em
Brasília, para apresentar "Sou Positivo", de Cristiano Bortone.
O número de filmes programados dobrou em relação à primeira
edição do festival, no ano passado, mas o crescimento deve parar
por aí. "Não queremos fazer um
evento com cem títulos, que acabaria impondo um modo meio
desesperado de ver os filmes",
disse à Folha Marco Farani, coordenador do festival e diretor do
Cine Academia.
Segundo Farani, a edição do
ano passado foi um sucesso. "Brasília tem um público informado e
politizado, que sente falta de uma
programação internacional diversificada. O festival atende à vocação cosmopolita da capital."
No Festival Internacional de
Brasília, o público elege o melhor
filme, entre os realizados por novos cineastas, o que inclui os que
estão no máximo no terceiro longa. O vencedor ganha o troféu Buriti de Prata.
Paralelamente à exibição, haverá debates sobre temas como a Lei
do Audiovisual, com a presença
do secretário do Audiovisual, José
Álvaro Moisés, e a política de segurança pública no país, com a
participação do novo ministro da
Justiça, José Gregori. O "gancho"
para esse último debate será a exibição do longa "O Rap do Pequeno Príncipe", sobre um presidiário.
(JOSÉ GERALDO COUTO)
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