São Paulo, sexta-feira, 19 de maio de 2000


Envie esta notícia por e-mail para
assinantes do UOL ou da Folha
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

MINIFESTIVAL
Evento de três dias mostra o desenvolvimento do gênero no Brasil
Eletrônica "passeia" no Sesc

DA REDAÇÃO

Juntando DJs, produtores nacionais e artistas dos mais diversos gêneros que passeiam pela eletrônica, o minifestival Tribos Eletrônicas volta ao Sesc na sua segunda edição -desta vez em parceria com a gravadora Trama- para dar uma geral do que vem acontecendo na música eletrônica brasileira.
São 17 nomes -DJs, produtores, bandas, cantores e instrumentistas- que dividem o palco do Sesc Vila Mariana nos três dias de evento, que começa hoje (leia programação no quadro abaixo).
O cantor pernambucano Otto -que juntou elementos da música regional e do mangue beat às batidas do drum'n'bass- será o mestre de cerimônia do evento e promete participar dos três dias.

DJs e produtores
Entre os que entraram de cabeça e fizeram suas carreiras musicais com base total na eletrônica estão os DJs Camilo Rocha, Anderson Soares, Rica Amaral, Marky Mark, Marquinhos Mesquita, Lika, Koloral, Andy e Patife. Além dos produtores Xerxes de Oliveira (aqui como XRSLand), Ramilson Maia (Ram Science) e Lourenço Brasil (Loop B).
"O Tribos Eletrônicas é uma grande oportunidade para mais pessoas conheceram o estilo", diz Ramilson Maia. "Dá uma força para quem está por vir", diz o produtor, que faz uma mistura de tecno e drum'n'bass com elementos da música brasileira, como berimbau, cuíca e percussão.
Para Camilo Rocha, o festival é uma vitrine para mostrar o desenvolvimento da eletrônica nacional. "A cada ano aparece mais gente e mais estilos, e a qualidade, no geral, está melhor, alcançando níveis internacionais", diz o DJ, que traz no seu set acid, tecno, progressive house e tecno trance.

Passeio
Para mostrar os caminhos obscuros que as batidas eletrônicas têm percorrido na música brasileira, participam do Tribos Eletrônicas músicos de bossa nova, funk, rock e samba, percussão e pop. Flu, Ratão, Max de Castro, Olívia e Marcos Suzano são os responsáveis pela migração.
Flu, ex-baixista do DeFalla, vai mostrar, com o acompanhamento de uma banda, um pouco de "bossa nova eletrônica" e versões mais acústicas de músicas de seu disco "e a alegria continua", que traz timbres de sons de músicos como Tim Maia e Jorge Ben Jor.
O cantor, compositor, produtor e arranjador Max de Castro também vai se apresentar com sua banda e com um DJ. "Vamos fazer um som tentando reproduzir ao vivo o que foi feito com as máquinas no disco ("Samba Raro')."
Já Ratão, após três discos lançados com a banda Justa Causa, partiu para a carreira solo e colocou no rock elementos da eletrônica.
(BRUNA MONTEIRO DE BARROS)


Texto Anterior: Noite ilustrada - Erika Palomino: Histórias de um underground brasileiro
Próximo Texto: Carlos Heitor Cony: Da moça, das ondas e de mim mesmo
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.