A decisão do estilista Amir Slama de deixar a São Paulo Fashion Week e desfilar a grife Rosa Chá apenas na Olympus Fashion Week, em Nova York, como revelou a Folha na última semana, agitou o meio da moda. A seguir, quatro dos principais estilistas do país comentam a decisão:
Oskar Metsavaht, da Osklen: "A decisão de Amir Slama foi estratégica para a Rosa Chá, neste momento. Eu vou levar a Osklen para Nova York, nesta temporada ou na próxima, mas, para a minha marca, é fundamental continuar na SPFW, que é um evento bem organizado, consolidado e de grande prestígio internacional".
Carlos Miele: "Passei por esse processo em 2003, quando optei por apresentar minhas coleções exclusivamente em Nova York. É importante para o designer que quer alcançar uma carreira internacional, seja ele da Inglaterra, Bélgica, Japão ou Brasil, escolher uma cidade como Paris, Nova York ou Milão para apresentar suas coleções".
Clô Orozco, da Huis Clos: "É uma questão de opção, e acho que ele está certo. Porque nenhuma marca no mundo, pelo menos que eu me lembre, com exceção do Alexandre Herchcovitch, faz mais de um desfile, em lugares diferentes. Helmut Lang, por exemplo, quando decidiu desfilar em Nova York, abriu mão de desfilar em Paris".
Mario Queiroz: "Entendo que lançar a coleção em Nova York é uma estratégia que busca atingir e surpreender a mídia internacional. Por outro lado, esse raciocínio acaba atrapalhando a valorização da nossa moda dentro do país. É nesse momento que percebemos que a idéia de empresa se sobrepõe à de estilista."


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