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Pagamento de cachê é tema de debate
A questão envolvendo festivais e dinheiro público abarca ainda a quantia que é paga para as apresentações dos artistas
Para o cantor Lucas Santtana, artistas seriam pagos pelos eventos indies de acordo com o "tempo de estrada" que tivessem
DA REPORTAGEM LOCAL
Além do patrocínio estatal a
festivais de música, outra questão que opõe opiniões distintas
é a que se refere ao pagamento
de cachês aos artistas que participam desses eventos.
Muitos festivais não pagam
cachês -ou pagam valores irrisórios-, fato que desagrada vários artistas e bandas.
Para o cantor Lucas Santtana, "os festivais independentes
são ótimos, criam um circuito
[de apresentações ao vivo]". Ele
sugere a criação de uma tabela
para o pagamento de cachês.
"Se o festival pegou dinheiro
público, tem de pagar [cachê].
Se pegou "X" do governo, teria
de pagar "Y" para determinado
artista com certo tempo de estrada. Para artista com menor
tempo de estrada, pagaria outro valor", explica.
O guitarrista Catatau, produtor musical e integrante da
banda Cidadão Instigado, diz:
"Se um festival é totalmente
independente, a gente toca nas
condições que são oferecidas se
isso for interessante para nós e
é o que acontece até hoje. Mas,
se tem apoio de leis de incentivo e de grandes corporações,
acho muito justo as bandas receberem cachê".
Catatau afirma que é "importante" existir um circuito de
festivais pelo Brasil, "mas todos
temos que caminhar juntos".
"Toco de graça quando estou
a fim e quero ser pago decentemente quando podem pagar.
Por que não receberíamos dos
festivais que são bancados por
grandes corporações?".
(TN)
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