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Globo investe para alcançar os
50 pontos com "Torre de Babel"
da Sucursal do Rio
Apesar de Carlos Manga -diretor de criação da TV Globo e diretor de núcleo da nova novela das
oito, "Torre de Babel", que estréia no próximo dia 25- considerar "uma pretensão infundada" querer manter a novela no
trilho de 50 pontos de audiência, a
Globo parece não ter poupado esforços para tentar alcançar a marca.
A emissora fez anteontem coquetel de lançamento da novela,
no Projac, cidade cenográfica, no
Rio.
Além de investir R$ 17 milhões
em "Torre de Babel", pouco mais
de R$ 80 mil por capítulo, a Globo
gastou R$ 1,1 milhão na construção do cenário do shopping center
Tropical Towers, no Projac.
O shopping vai centralizar o movimento dos personagens da história, escrita por Sílvio de Abreu, e
será explodido, com direito a muitos efeitos especiais.
A cena da explosão do Tropical
Towers será gravada parte em maquetes e parte no próprio cenário,
que depois será reconstruído.
O diretor de produção da novela, Guilherme Bokel, disse que
"como somente alguns pedaços
do cenário serão afetados, o custo
disso será de apenas R$ 50 mil".
Abreu também não economizou
na escolha do elenco de "Torre de
Babel", que tem, além dos atores
Tarcísio Meira e Tony Ramos como protagonistas, nomes como
Glória Menezes, Cláudia Raia, Edson Celulari, Maitê Proença, Silvia
Pfeifer, Christiane Torloni, Marcos Palmeira, Cláudia Jimenez,
Adriana Esteves e Juca de Oliveira.
"É claro que um elenco de primeiro time como esse contribui
para aumentar a audiência, mas
não o escolhi apenas por isso. Só
sei escrever personagens para os
quais tenho uma cara definida, todos esses atores são pessoas que
conheço bem", disse Sílvio de
Abreu.
A diretora geral de "Torre de
Babel", Denise Saraceni, que pela
primeira vez está à frente de uma
novela das oito, afirmou que sabe
que será "muito cobrada", até
porque é "uma mulher fazendo
um trabalho que normalmente é
realizado por homens".
"50 pontos de audiência é muita
coisa. Mas a novela tem todas as
possibilidades de conseguir atingir
a meta", disse a diretora.
Para isso, está apostando na
"popularidade do Sílvio" que, segundo ela, "sabe escolher assuntos que mobilizam o público", e
tem uma "linguagem direta e fácil".
"Minha narrativa é objetiva, eu
pretendo falar de temas polêmicos, como a relação homossexual
entre as personagens da Christiane
Torloni e da Sílvia Pfeifer, de forma direta, sem subterfúgios ", disse Saraceni.
"Não interessa a mim nem ao
Manga ou ao Sílvio ofender o público, interessa uma discussão de
emoções, de verdades. Estamos fazendo uma novela na qual não há
hipocrisia", afirmou a diretora.
Segundo Abreu, a opção por levar para a novela discussões como
homossexualismo, tráfico de drogas ou cenas de violência "também não tem a ver somente com a
busca de audiência".
"Assuntos polêmicos despertam curiosidade, mas as pessoas
terão interesse porque estaremos
falando de coisas que são muito
comuns na sociedade moderna",
disse Abreu.
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