São Paulo, terça, 19 de maio de 1998

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Tumor de Leandro aumentou três vezes, diz oncologista

da Reportagem Local

e da FT

A oncologista Maria Lydia Andrea, 52, responsável pelo tratamento do câncer pulmonar do cantor Luiz José Costa, 36, o Leandro, da dupla Leandro & Leonardo, confirma que o tumor de Askins aumentou em três vezes desde que foi diagnosticado. O tumor estaria do tamanho de três laranjas.
Andrea ainda disse que com a quimioterapia já houve uma regressão no tamanho do câncer. "O tumor é agressivo. O caso do Leandro é difícil, mas há esperanças de cura", afirmou.
De acordo com o cirurgião torácico José Jesus Camargo, da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, que participa do tratamento de Leandro, o aumento do tumor do cantor foi menor do que o anunciado. "Eu vi ontem (domingo) mesmo uma radiografia, e o aumento foi de no máximo 20% desde o primeiro exame. Isso deve ter ocorrido por sangramento, o que é perfeitamente normal e não significa uma piora", disse Camargo. "Achei o Leandro muito bem, clinicamente ele está melhor."
Leandro teve cancelada a sua alta hospitalar que estava prevista para acontecer hoje. Segundo o sétimo boletim médico divulgado ontem pelo Hospital São Luiz, onde o cantor está internado, não há previsão de alta.
"Se tudo ocorrer como o esperado, Leandro deve deixar o hospital entre quinta e sexta, a não ser que ele tenha febre", diz a oncologista Andrea. Segundo ela, "há alguns dias o cantor não tem apresentado estado febril".
Hoje de manhã estava previsto um exame de raios X que indicaria o tamanho exato do tumor.
De acordo com os médicos, o fato de o tumor de Leandro ter aumentado não implica que o cantor perdeu a sensibilidade ao tratamento. Como a quimioterapia age sobre as células que se duplicam, a sensibilidade ao tratamento deve aumentar.
Às 15h haverá uma entrevista coletiva com a presença da equipe médica -completada pelo oncologista, Claudio Petrilli, e pelo diretor-superintendente do Complexo Hospitalar São Luiz, Ruy Marco Antonio-, que pretende esclarecer o quadro de saúde do cantor.
A primeira etapa do tratamento por quimioterapia terminou no domingo. Não houve nenhum tipo de efeitos colaterais relacionados ao uso de medicamentos quimioterápicos, como náuseas, vômitos, mal-estar, falta de apetite ou perda de cabelo.
A segunda etapa começará após um intervalo de três semanas, dependendo do que for constatado em exames radiológicos e laboratoriais que estão sendo feitos em Leandro.
Leandro foi internado no dia 12 de maio para iniciar a quimioterapia, dois dias depois de ter voltado do Johns Hopkins Hospital, em Baltimore (EUA), um dos maiores centros de pesquisa e tratamento de câncer.
Nos EUA foi confirmado o diagnóstico de câncer pulmonar, que já era conhecido pelos médicos brasileiros, mas, de acordo com a assessoria de imprensa do Hospital São Luiz, por razões "éticas" a informação foi omitida da imprensa e até do próprio cantor.



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