São Paulo, domingo, 19 de junho de 2005

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FILMES

TV ABERTA

Psicólogo tem mente perturbada em "Síndrome..."

A Ilha da Garganta Cortada
Record, 20h30.
  
(Cutthroat Island). França/EUA, 1995, 123 min. Direção: Renny Harlin. Com Geena Davis. Geena herda do pai, pirata, um mapa do tesouro. Para encontrá-lo, conta com a ajuda de um prisioneiro instruído, capaz de decifrá-lo. Contra ela, tem um perigoso pirata, inimigo do pai. Tentativa de ressuscitar o capa-e-espada, onde a única audácia digna de nota é a agradável presença de Geena Davis como pirata.

Assalto sobre Trilhos
Bandeirantes, 22h.
  
(Money Train). EUA, 1995, 109 min. Direção: Joseph Ruben. Com Wesley Snipes, Woody Harrelson, Jennifer Lopez. Irmãos de criação (Snipes e Harrelson) trabalham como seguranças do metrô de NY e sonham roubar o trem que recolhe, diariamente, a féria do dia. Entrementes, ambos se apaixonam pela bela do metrô (Lopez), o que estremece seu relacionamento. A mesma dupla de "Homens Brancos Não Sabem Enterrar": ao menos deles e de Jennifer Lopez pode-se esperar satisfação.

Máquina Mortífera 4
SBT, 22h30.
  
(Lethal Weapon 4). EUA, 1998, 128 min. Direção: Richard Donner. Com Mel Gibson, Danny Glover, Joe Pesci, Rene Russo. Os detetives Riggs (Gibson) e Murtaugh (Glover) já passaram por muitos perigos e já estão um pouco passados para sua arriscada atividade. No mais, Murtaugh prepara-se para ser avô. O que não impede uma gangue de mafiosos chineses de tentar eliminá-los, e vice-versa. Desta vez, o filme não faz justiça à simpatia de Riggs e Murtaugh. Para ver no piloto automático.

Labirinto do Crime
Bandeirantes, 1h.
 
(Iron Maze). EUA, 1991, 100 min. Direção: Hiroaki Yoshida. Com Jeff Fahey, Bridget Fonda, J.T. Walsh. A polícia levanta diferentes versões sobre tentativa de assassinato a um ricaço japonês. Carbono de "Rashomon", onde Kurosawa introduziu esse tipo de construção.

As Damas de Hollywood
Globo, 1h25.
  
(These Old Broads). EUA, 2001, 120 min. Direção: Matthew Diamond. Com Shirley MacLaine, Joan Collins, Debbie Reynolds, Elizabeth Taylor. Shirley, Debbie e Joan são três atrizes que fizeram sucesso no passado com um musical. A reapresentação do filme faz sucesso, e surge a idéia de reuni-las num show para aproveitar a onda. O problema é que as três se odeiam. Liz Taylor faz a agente que as três repartem, mas que também tem problemas de relacionamento no grupo. Comédia feita para TV.

Uma Proposta Perigosa
SBT, 2h.
 
(Dangerous Dowry). Alemanha, 1996. Direção: Dennis Satin. Com Katja Riemann, Hannes Jaenicke. Russo oferece US$ 1 mil a taxista de Berlim para que se case com ele. Ele precisa de um visto de permanência. Mas há um problema maior: ele está querendo largar a máfia russa. Mas a máfia russa não pretende largá-lo fácil assim.

Síndrome de Caim
Globo, 2h55.
    
(Raising Cain). EUA, 1992, 92 min. Direção: Brian de Palma. Com John Lithgow, Lolita Davidovich. Um psicólogo com personalidade múltipla cai nas mãos de Brian de Palma. Não é difícil imaginar que, daí por diante, um quadro delirante se desenha. Brilhante filmeco.

Um Século em 43 Minutos
SBT, 4h.
  
(Time after Time). EUA, 1979, 120 min. Direção: Nicholas Meyer. Com Malcolm McDowell, David Warner. No fim do século 19, cientista cria a máquina do tempo. Quem embarca nela, no entanto, é Jack, o estripador, em fuga para o século 20. O cientista vai atrás, disposto a evitar novos e terríveis crimes. Idéia a que não falta imaginação para o modesto Meyer, de "O Dia Seguinte". Só para São Paulo. (IA)

TV PAGA

Garfield é mais sarcástico e crítico nos quadrinhos

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Garfield não é um bom personagem de cinema. O gato dos quadrinhos é reflexivo, crítico, sarcástico. Suas melhores horas são as de sono. Ou as de alimentação. Não se trata, em suma, de um gato de ação, como gostariam que fosse os realizadores de "Garfield - o Filme" (TC Pipoca, 14h55 e TC Premium, 17h20).
Por isso mesmo, o dito filme é uma forçada de barra desde o desenho, em que perde o ar de bem-aventurança quase permanente e parece ter sido enfiado numa tomada de 220 V. O filme vai ao ar hoje no Telecine Premium e no Pipoca. Vamos ver no que dá.
Prometem ser mais interessantes os documentários "Mundo em Chamas" (19h50) e "Filmando a Segundo Guerra" (21h), no Telecine Classic. O segundo já passou e trata dos diretores e cinegrafistas que estiveram no front registrando o que acontecia. O primeiro, que está estreando, promete tratar dos dez anos que precederam a Segunda Guerra. Anos dramáticos e interessantíssimos. Houve Depressão e "new deal" (governo Roosevelt), ascensão do nazismo, na Alemanha, Front Populaire, na França, guerra civil na Espanha... Não acaba mais.
Há, ainda, "A Firma" (22h), no canal AXN, e "Ali" (22h), na Fox. Este último se deve a um dos bons cineastas americanos da atualidade, Michael Mann, com Will Smith, ator popularíssimo, fazendo Muhammad Ali, legenda do boxe.
"A Firma", no entanto, me fascina mais: a história do jovem advogado contratado por um poderoso e respeitável escritório, que, mais tarde, se revela uma fábrica de escroquerias e lembra a história das aparências que enganam. Daí o fascínio: mas um filme não é feito de outra coisa senão de aparências. De lá, ele tira sua verdade. Quando inverte o princípio, como se faz neste filme dirigido por Sydney Pollack, tem-se duas horas de distração, não mais.


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