São Paulo, domingo, 19 de junho de 2011 |
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Séries infantis nacionais ganham palcos Seguindo produções estrangeiras, brasileiras "Peixonauta" e "Escola pra Cachorro" são adaptadas para teatro Com investimentos que chegam a R$ 1,5 milhão, peças têm bonecos de espuma manipulados e trilha sonora ao vivo SAMIA MAZZUCCO COLABORAÇÃO PARA A FOLHA Não basta hipnotizar seu filho por horas em frente à TV. Seguindo a linha de animações estrangeiras, as produções nacionais "Peixonauta" (Discovery Kids e SBT) e "Escola pra Cachorro" (Nickelodeon) também desembarcam no teatro. Depois de comprar os direitos da peça "Charlie e Lola", que teve origem na animação britânica produzida pela BBC, o apresentador Luciano Huck repete a parceria com a produtora Aventurinha para investir no brasileiríssimo "Peixonauta", exibido em 62 países. "Nossa capacidade de produção infantil é tanto ou maior do que a dos estrangeiros", diz Huck. A peça, que estreou ontem em São Paulo, tem investimento de R$ 1,5 milhão (patrocinado por um gigante de produtos de saúde e higiene infantis) e foi escrita pelos mesmos criadores da série: Celia Catunda e Kiko Mistrorigo, da TV PinGuim. "No teatro a história é mais musical e visual do que na TV", diz Celia, sobre as dificuldades da adaptação. Na peça, o Peixonauta e sua turma são bonecos de espuma e tecido, comandados por oito atores-manipuladores. A história é baseada no episódio "O Caso da Grande Chuva". Como na TV, o peixe deixa seu mundo para resolver problemas relacionados ao meio ambiente. Em cena, do mesmo modo que em "Charlie e Lola", os atores não falam: são dublados pelas vozes do desenho, mantendo a identidade. Não falta, claro, a bola Pop. Crianças da plateia repetem uma sequência de palmas a fim de que a bola dê dicas para solucionar os mistérios da história e faça flores caírem sobre o público. "O palco e a trilha sonora ao vivo deixam a dramaticidade maior que na TV", diz a diretora Marília Toledo. PROJETO Já "Escola pra Cachorro", produzida pela Mixer em parceria com a canadense Cité-Amérique, fechou nesta semana o projeto de adaptação para o teatro e deve chegar aos palcos até março de 2012. "A gente encara o teatro como um jeito de refrescar a série", diz Tiago Mello, diretor executivo da Mixer. A peça terá a mesma diretora de "Peixonauta". Porém, no lugar de bonecos, deverá ter atores fantasiados. Já a história não deve se ater apenas à escola da TV, contando com outros cenários, como um acampamento. O investimento previsto também é de R$ 1,5 milhão. Outro exemplo que saiu da TV e ganhou os palcos é a série "Cocoricó", da TV Cultura. Em pouco mais de um ano em cartaz levou quase 100 mil pessoas ao teatro. Fernando Gomes, que criou, dirige e dubla a voz do personagem principal, Julio, conta que desde a estreia na TV, em 1996, pretendia levar a série aos palcos. E a onda parece ter vindo para ficar. Huck já estuda sua próxima adaptação, ainda sem título definido. Texto Anterior: Ibope não altera fatias de receita publicitária Próximo Texto: Terra fica à mercê de aliens na nova série de Spielberg Índice | Comunicar Erros |
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