São Paulo, Sábado, 19 de Junho de 1999
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Apresentação é para cantar

da Agência Folha, em Belo Horizonte

Quem for ao show de Samuel Rosa com Lô Borges esperando a mesma montanha-russa dos shows do Skank pode se decepcionar. Tudo indica que esse será um espetáculo para mexer mais os músculos labiais do que a cintura.
O repertório do show é quase todo composto por músicas conhecidas de Samuel Rosa ou de Lô, com leve predominância do último. De outros artistas, só uma música dos Beatles ("Mother Nature's Son", do "Álbum Branco") e outra de Bob Dylan (intitulada "Tanto" na versão de Chico Amaral).
Além disso, pela primeira vez em sua carreira, Samuel vai poder cantar no principal teatro de Belo Horizonte, o Palácio das Artes.
"Minha geração foi banida do Palácio das Artes por causa do rock. As instalações de um teatro, com lugar para sentar, não são propícias."
Para Samuel, não haverá nenhuma dificuldade em seu público cantar as músicas de Lô. "Se eu gosto das músicas do Lô, por que as pessoas da minha idade não podem gostar também?", disse.
"Quem não souber a letra canta só a última palavra. Para o público do Skank que não conhece o Clube da Esquina, é só fazer assim: la-ra-la-la canção, la-ra-la-la estrada", ironiza Lô.
Como no set list, o palco também vai estar dividido. De um lado, o tecladista Ruben di Souza e o baixista Alexandre Mourão, da nova banda do irmão de Rogério Flausino, vocalista do Jota Quest. Do outro, os veteranos Paulinho Santos, do Uakti, e Mário Castelo, que já tocou com Lô, mas também com Samuel. (CHS)


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