EGIDIO GRANDINETTI JR.
especial para a Folha

Dircinha Batista começou sua carreira nos anos 30. Cantora de voz clara e bem colocada, se destacou no filme "Alô, Alô Carnaval" (1936), da Cinédia, no qual cantava a música "Pirata".
Nascida em 7 de abril de 1922, em São Paulo, participou de shows teatrais produzidos por Raul Roulien e logo foi para o Rio. Com a Rádio Nacional recém-inaugurada, logo passou a ser uma das cantoras mais requisitadas da emissora, para onde fluíam os astros da época.
O ator e comediante Barbosa Jr. foi um dos principais condutores da sua carreira, bem como de sua irmã, Linda. No final dos anos 30 foi eleita Rainha do Rádio e o sucesso era pródigo como "Piriquitinho Verde" (Nássara), do carnaval de 37; "Canção do Trolinho" (Ary Barroso), 1940; "Máscara da Face" (Klecius - A. Cavalcante), 1953.
"Nunca" (Lupicínio Rodrigues) foi um dos seus grandes sucessos em 52 e, em 64, gravou a marcha "A Índia Vai Ter Nenê", sucesso naquele carnaval.
Dircinha foi a cantora predileta de Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek.
Em sua carreira, gravou cerca de 400 músicas pelas gravadoras RCA-BMG, Odeon e Continental, mas apenas a BMG mantém em catálogo um CD da cantora -na série Acervo. Nele, estão os sucessos "Nunca" (L. Rodrigues), "Inquietação" (Ary Barroso), "Carro de Boi", com a participação da irmã Linda, "Se Eu Morrer Amanhã" (Antônio Maria) e a belíssima construção poético-musical de Antônio Maria e Ismael Neto "Canção da Volta".


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