Com abertura do Borderlinerz, cantor leva ao palco do Sesc Pompéia canções esquecidas e "ressuscita" Kleiderman

Vocalista também prepara documentário a partir de filmagens suas, que será lançado em 2007, quando os Titãs completam 25 anos

MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Existe vida além dos Titãs. "Hoje a gente chegou num ponto em que podemos sair, voltar e sempre trazer algo dessas experiências como contribuição para a banda", diz o cantor Branco Mello, 44, que faz show solo hoje no Sesc Pompéia.
Atrás de uma diversão que prescindisse da rotina de lançar um disco, ele reuniu André Fonseca (guitarra, ex-Okotô), Carlos H (baixo) e Zeh (bateria, ambos do Borderlinerz, que abre a noite) para tocar o lado mais cru da banda.
"Tem músicas que eu adoro e que não cabem mais no repertório dos Titãs. "Dívidas", por exemplo, eu só cantei na turnê do "Cabeça Dinossauro", que já tem 20 anos", afirma Branco, que edita com Oscar Rodrigues Alves um documentário dos Titãs para 2007, quando a banda comemora 25 anos de carreira.
No mesmo ano, a banda deve lançar um álbum de inéditas. Hoje, Branco promete "Eu Não Sei Fazer Música", de "Tudo ao Mesmo Tempo Agora", e "Estados Alterados da Mente", de "Titanomaquia".
Branco já teve experiências fora dos Titãs. Em 2000, por exemplo, no Rio, montou o S Futurismo, com Kassim e Domenico. Do repertório, tocará "Eu Não Sou da Sua Rua", parceria com Arnaldo Antunes gravada por Marisa Monte.
Em 94, criou o Kleiderman, com Sérgio Britto na guitarra e a loiraça baterista Roberta Parisi. Aliás, por onde ela anda? "Cara, eu mesmo já procurei algumas vezes, o Britto também não sabe. Um amigo em comum também perdeu o contato dela", lamenta. "Ela deve estar em alguma banda nos EUA ou na Europa", diz. Se ela quiser aparecer, será VIP.
"Vamos fazer um momento Kleiderman, com "Não Quero Mudar" e o cover "The KKK Took My Baby Away", dos Ramones'". Roberta, prepare-se.