São Paulo, segunda-feira, 19 de novembro de 2007

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Ciclo busca identidade latino-americana

De hoje a 1º/12, mostra na Cinemateca Brasileira e Cinusp reúne filmes da Argentina, Uruguai, México e Bolívia, entre outros

Programa tem debates com Monique Gardenberg e Hector Babenco e os cineastas argentinos Cristian Pauls e José Luis García

DA REPORTAGEM LOCAL

Com um conjunto de 18 filmes e quatro debates, a mostra "América Latina: Diversidade e Semelhança" propõe uma reflexão sobre a existência e a definição de uma identidade comum à América Latina.
O ciclo se realiza de hoje até o próximo dia 1º e tem como promotores a Cinemateca Brasileira, o Cinusp, a Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo e a International Psychoanalytical Association.
Produzidos em oito países da região, os filmes selecionados têm em comum a temática do deslocamento, de ordem geográfica ou emocional -no caso de personagens que procuram reinventar-se.
Há títulos em que os dois movimentos coincidem, como em "Nascido e Criado", do argentino Pablo Trapero, cujo protagonista troca Buenos Aires pela Patagônia, onde procura viver com outra identidade, depois de enfrentar um episódio dramático em seu núcleo familiar.
Circunstâncias econômicas desfavoráveis no local de origem são um impulso relevante na decisão de partida de personagens de distintos filmes, como os brasileiros "O Céu de Suely" e "Cinema, Aspirinas e Urubus", o boliviano "Lo Más Bonito y Mis Mejores Años" e o uruguaio "En la Puta Vida".

Debates
O aspecto político é determinante para um deslocamento que tende ao exílio no brasileiro "O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias", enquanto a perambulação expressa uma jornada interior de autoconhecimento no equatoriano "Qué Tan Lejos".
Os quatro debates previstos terão a participação de dois cineastas argentinos cujos filmes integram a mostra -Cristian Pauls e José Luis García- e dos brasileiros Monique Gardenberg e Hector Babenco, além de profissionais de outras artes e da psicanálise. A entrada é franca.


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