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Ciclo busca identidade latino-americana
De hoje a 1º/12, mostra na Cinemateca Brasileira e Cinusp reúne filmes da Argentina, Uruguai, México e Bolívia, entre outros
Programa tem debates com Monique Gardenberg e Hector Babenco e os cineastas argentinos Cristian Pauls e José Luis García
DA REPORTAGEM LOCAL
Com um conjunto de 18 filmes e quatro debates, a mostra
"América Latina: Diversidade e
Semelhança" propõe uma reflexão sobre a existência e a definição de uma identidade comum à América Latina.
O ciclo se realiza de hoje até o
próximo dia 1º e tem como promotores a Cinemateca Brasileira, o Cinusp, a Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo e a International Psychoanalytical Association.
Produzidos em oito países
da região, os filmes selecionados têm em comum a temática
do deslocamento, de ordem
geográfica ou emocional -no
caso de personagens que procuram reinventar-se.
Há títulos em que os dois movimentos coincidem, como em
"Nascido e Criado", do argentino Pablo Trapero, cujo protagonista troca Buenos Aires pela
Patagônia, onde procura viver
com outra identidade, depois
de enfrentar um episódio dramático em seu núcleo familiar.
Circunstâncias econômicas
desfavoráveis no local de origem são um impulso relevante
na decisão de partida de personagens de distintos filmes, como os brasileiros "O Céu de
Suely" e "Cinema, Aspirinas e
Urubus", o boliviano "Lo Más
Bonito y Mis Mejores Años" e o
uruguaio "En la Puta Vida".
Debates
O aspecto político é determinante para um deslocamento
que tende ao exílio no brasileiro "O Ano em que Meus Pais
Saíram de Férias", enquanto a
perambulação expressa uma
jornada interior de autoconhecimento no equatoriano "Qué
Tan Lejos".
Os quatro debates previstos terão a participação de dois cineastas argentinos cujos filmes integram a
mostra -Cristian Pauls e José
Luis García- e dos brasileiros
Monique Gardenberg e Hector
Babenco, além de profissionais
de outras artes e da psicanálise.
A entrada é franca.
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