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Escritor tem que ter humor, diz
Lygia Fagundes Telles na Balada
Autora defendeu Monteiro Lobato na abertura do evento, ontem
MARCO RODRIGO ALMEIDA
DE SÃO PAULO
Sob intensos aplausos, a
escritora Lygia Fagundes Telles, 87, abriu ontem pela manhã a 5ª edição da Balada Literária, que ocorre nos arredores da Vila Madalena, na
Zona Oeste de São Paulo.
Bem-humorada, ela conversou com o público na Livraria da Vila, ao lado da jornalista Mona Dorf e do escritor Nelson de Oliveira.
"Os escritores têm mania
de reclamar, vivem se lamentando. Machado de Assis era
preto, pobre, gago, epiléptico e nunca perdeu o humor.
Tem que ter humor", disse.
A autora, que recentemente fraturou a perna, ironizou
sua saúde e elogiou Marcelino Freire, organizador da festa. "Soube que a Balada não
tem patrocínio oficial. Se eu
tivesse um banco, eu te ajudava, Marcelino", brincou.
Em tom sério, protestou
contra a recente recomendação do CNE (Conselho Nacional de Educação) para que
não se distribuam em escolas
públicas "Caçadas de Pedrinho", de Monteiro Lobato,
sob alegação de que o livro é
racista. "É censura. Lobato é
um escritor fundamental."
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