São Paulo, sexta-feira, 19 de novembro de 2010

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Mestre do violino faz suspense sobre repertório em SP

Israelense Itzhak Perlman só revelará no palco conteúdo completo de programas, que têm Beethoven e Mozart

Na apresentações anteriores no Brasil, músico tocou obra do mineiro Flausino Vale; ingressos esgotaram-se

IRINEU FRANCO PERPETUO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Violinista, regente e pedagogo, ele tocou na posse do presidente americano Barack Obama e fez ponta em "Todos Dizem Eu te Amo" (1996), de Woody Allen.
Uma das maiores personalidades da música erudita atual, o israelense radicado em Nova York Itzhak Perlman está de volta ao Brasil.
Perlman, 65, se apresenta amanhã em Paulínia (SP) e, de domingo a terça, faz na Sala São Paulo os três concertos de encerramento da temporada 2010 da Sociedade de Cultura Artística. Os ingressos estão esgotados.
A exemplo do que aconteceu da última vez em que esteve aqui, em 2005, Perlman é acompanhado pelo pianista cingalês Rohan de Silva.
No domingo, o repertório tem LeClair, Beethoven e Dvorák, enquanto na segunda e na terça, traz Mozart, Richard Strauss e Debussy.
O restante só será anunciado no palco, na hora do concerto. Todas as vezes em que veio para cá, Perlman tocou "Ao Pé da Fogueira", do mineiro Flausino Vale (1894-1954), e deve fazer o mesmo agora.
"É uma peça que Jascha Heifetz tocava bastante e eu acho divertida, com ritmos maravilhosos", afirma o músico, que traz ao Brasil seu valioso Stradivarius Soil, de 1714, que pertenceu a Yehudi Menuhin (1916-1999).

RECONHECIMENTO
Vítima da pólio aos quatro anos, Perlman entra no palco de muletas e toca sentado. O virtuosismo extremo e a sonoridade generosa fizeram-no ser reconhecido como um dos mais destacados violinistas do pós-Guerra.
A partir de 1995, Perlman iniciou um programa de educação musical com o seu nome, que incluía a formação de uma orquestra de alunos.
Nos ensaios do grupo, começou uma bem-sucedida carreira paralela como maestro: hoje é diretor artístico da Filarmônica de Westchester, no Estado de Nova York.
"Reger me dá acesso a um repertório mais amplo. Só tenho um concerto de Beethoven para tocar como violinista, mas tenho nove sinfonias para fazer como maestro."

ITZHAK PERLMAN

QUANDO domingo, às 20h; segunda e terça, às 21h
ONDE Sala São Paulo (pça. Júlio Prestes, 16, tel. 0/xx/11/ 3258-3344)
QUANTO ingressos esgotados


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