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Grandes orquestras são atrações para 2008
Nova temporada do Cultura Artística começa em maio com Nelson Freire
O maestro argentino Daniel Barenboim vai reger a
Staatskapelle de Berlim; Krzysztof Penderecki
traz conjunto lituano
JOÃO BATISTA NATALI
DA REPORTAGEM LOCAL
A temporada de 2008 da Sociedade de Cultura Artística
traz uma programação portentosa, com nomes como o do pianista Nelson Freire, do maestro
Daniel Barenboim, do regente e
compositor polonês Krzysztof
Penderecki ou do musicólogo e
gambista Jordi Savall.
Dos dez programas, cinco serão preenchidos com grandes
orquestras. Entre elas, a Staatskapelle de Berlim, a Sinfônica
de Israel, a Filarmônica de Liège e a britânica Hallé, que atua
há 150 anos em Manchester.
As assinaturas já começaram
a ser renovadas e serão vendidas até 20 de fevereiro, com pacotes de R$ 260 a R$ 1.500, dependendo da localização da
poltrona e da inclusão dos três
programas da Sala São Paulo.
Vejamos os detalhes. A temporada se abre com duas récitas
de Nelson Freire, nos dias 5 e 6
de maio. O pianista brasileiro,
que se apresentou duas vezes
este ano por aqui -com a Osesp
e no Municipal- trará dois
programas. No primeiro, Mendelssohn, Beethoven e Debussy. E, no segundo, Beethoven, Schumann, Chostakovich,
Scriabin e Chopin.
Nos dias 26 e 27 a Staatskapelle de Berlim se apresenta
com a regência de Daniel Barenboim, que esteve pela última vez no Brasil em 2000, à
frente da Sinfônica de Chicago.
A Staatskapelle é desde 1742 a
orquestra residente da Staatsoper, um dos três teatros líricos
de Berlim. Barenboim fará dois
programas diferentes com
Schönberg e Anton Brückner.
Em junho, chega a Orquestra
Festival Vilnus, conjunto lituano pouco conhecido, mas que
trará como regente Krzysztof
Penderecki -um dos gigantes
das vanguardas do século 20.
Em julho, volta a São Paulo o
Quarteto Alban Berg, que se
apresentou aqui pela última
vez em 2006. Os músicos austríacos são hoje referências discográficas em peças de Beethoven, Schittke ou Janacek.
A Sinfônica de Israel, que se
apresenta em agosto, é uma orquestra recente. Recrutando
músicos jovens e recém-imigrados, ela cresceu com seu regente titular, Dan Ettinger. Pode ser uma boa surpresa.
Bem mais tradicional é a Filarmônica de Liège, a principal
orquestra da Bélgica francófona. Ela se apresenta, também
em agosto, sob a regência de
Pascal Rophé, desde o ano passado seu diretor musical.
Setembro começa com a britânica Hallé, regida por Mark
Elder, seu diretor desde 2000.
A orquestra trará como solista
Polina Leschenko.
Setembro termina com o
conjunto catalão especializado
em barroco Hespèrion XXI,
que tem como regente e solista
à viola da gamba o musicólogo
Jordi Savall -cicerone para a
reeducação dos ouvidos, trazendo mais uma vez a soprano
Montserrat Figueiras.
Por fim, em outubro, o Conjunto de Câmara de Jerusalém
(violino, violoncelo, clarineta e
piano) e, em dezembro, o conjunto japonês de percussão Kodo. Um lindo espetáculo, para
lembrar o centenário da imigração japonesa.
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