São Paulo, quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

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Grandes orquestras são atrações para 2008

Nova temporada do Cultura Artística começa em maio com Nelson Freire

O maestro argentino Daniel Barenboim vai reger a Staatskapelle de Berlim; Krzysztof Penderecki traz conjunto lituano

JOÃO BATISTA NATALI
DA REPORTAGEM LOCAL

A temporada de 2008 da Sociedade de Cultura Artística traz uma programação portentosa, com nomes como o do pianista Nelson Freire, do maestro Daniel Barenboim, do regente e compositor polonês Krzysztof Penderecki ou do musicólogo e gambista Jordi Savall.
Dos dez programas, cinco serão preenchidos com grandes orquestras. Entre elas, a Staatskapelle de Berlim, a Sinfônica de Israel, a Filarmônica de Liège e a britânica Hallé, que atua há 150 anos em Manchester.
As assinaturas já começaram a ser renovadas e serão vendidas até 20 de fevereiro, com pacotes de R$ 260 a R$ 1.500, dependendo da localização da poltrona e da inclusão dos três programas da Sala São Paulo.
Vejamos os detalhes. A temporada se abre com duas récitas de Nelson Freire, nos dias 5 e 6 de maio. O pianista brasileiro, que se apresentou duas vezes este ano por aqui -com a Osesp e no Municipal- trará dois programas. No primeiro, Mendelssohn, Beethoven e Debussy. E, no segundo, Beethoven, Schumann, Chostakovich, Scriabin e Chopin.
Nos dias 26 e 27 a Staatskapelle de Berlim se apresenta com a regência de Daniel Barenboim, que esteve pela última vez no Brasil em 2000, à frente da Sinfônica de Chicago. A Staatskapelle é desde 1742 a orquestra residente da Staatsoper, um dos três teatros líricos de Berlim. Barenboim fará dois programas diferentes com Schönberg e Anton Brückner.
Em junho, chega a Orquestra Festival Vilnus, conjunto lituano pouco conhecido, mas que trará como regente Krzysztof Penderecki -um dos gigantes das vanguardas do século 20.
Em julho, volta a São Paulo o Quarteto Alban Berg, que se apresentou aqui pela última vez em 2006. Os músicos austríacos são hoje referências discográficas em peças de Beethoven, Schittke ou Janacek.
A Sinfônica de Israel, que se apresenta em agosto, é uma orquestra recente. Recrutando músicos jovens e recém-imigrados, ela cresceu com seu regente titular, Dan Ettinger. Pode ser uma boa surpresa.
Bem mais tradicional é a Filarmônica de Liège, a principal orquestra da Bélgica francófona. Ela se apresenta, também em agosto, sob a regência de Pascal Rophé, desde o ano passado seu diretor musical.
Setembro começa com a britânica Hallé, regida por Mark Elder, seu diretor desde 2000. A orquestra trará como solista Polina Leschenko.
Setembro termina com o conjunto catalão especializado em barroco Hespèrion XXI, que tem como regente e solista à viola da gamba o musicólogo Jordi Savall -cicerone para a reeducação dos ouvidos, trazendo mais uma vez a soprano Montserrat Figueiras.
Por fim, em outubro, o Conjunto de Câmara de Jerusalém (violino, violoncelo, clarineta e piano) e, em dezembro, o conjunto japonês de percussão Kodo. Um lindo espetáculo, para lembrar o centenário da imigração japonesa.


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