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Crítica
Filme de Yamada tem seqüências ainda inéditas
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Uma das vantagens do atual
renascimento do cinema japonês foi promover a ressurreição
(enfim, para nós) de Yoji Yamada, diretor que impressiona sobretudo pela quantidade de filmes que realizou. Só da série "É
Triste Ser Homem" (comédia,
apesar do nome) foram 48
exemplares. Filmes mesmo,
para cinema e tudo mais.
Talvez o melhor dele tenha
estado nos filmes avulsos, digamos assim. Ele nunca deixou de
fazê-los, antes do sucesso mundial de "O Samurai do Entardecer" (TC Cult, 19h40), em
que, se não chega à altura dos
grandes filmes de samurai dos
anos 50 ou 60 do século passado, em todo caso repõe ordem
na casa.
A história é a do samurai pobre Kuruma Torajiro, que após
matar um adversário adquire
fama de invencível, sem que
por isso perca a medida das
questões de classe social. Depois deste filme, Yamada (nascido em 1931) fez duas seqüências, completando uma trilogia,
mas os demais filmes da série
continuam inéditos. Às vezes é
triste o cinema no Brasil.
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