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Bahia retoma Bienal de arte em 2011
Iniciativa substitui o Salão da Bahia, organizado há 16 anos, e visa inserir o Estado em circuito internacional
FABIO CYPRIANO
ENVIADO ESPECIAL A SALVADOR
Após 43 anos, a Bahia retoma
a realização de uma bienal de
arte contemporânea, que deve
ser realizada no início de 2011,
em vários espaços de Salvador.
O anúncio seria feito ontem, na
abertura da exposição "Coleção
MAM-BA: 50 anos de Arte Brasileira", no Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA), pelo governador Jaques Wagner.
Em 1966 e 1968, também por
iniciativa do governo do Estado, Salvador foi sede de duas
bienais. A primeira edição premiou Hélio Oiticica, Lygia
Clark, Rubem Valentim e Rubens Gerchman. A segunda, fechada no dia seguinte da abertura, por imposição da ditadura
militar, não teve continuidade.
Criada por um decreto estadual, a nova Bienal substitui o
Salão da Bahia, organizado há
16 anos no MAM-BA.
"Além de ser um resgate histórico, a organização dessa Bienal visa inserir a Bahia em um
circuito internacional", diz Daniel Rangel, da diretoria de museus da Secretaria de Estado da
Cultura da Bahia, que, com Solange Farkas, é um dos idealizadores da mostra.
A Bienal Internacional de Arte da Bahia deve ocorrer em diversos locais da cidade, como o
MAM, o Palacete das Artes (onde funciona o Museu Rodin), o
Museu de Arte da Bahia, o Centro Cultural Solar Ferrão, no
Pelourinho, e o Museu de Arte
da Bahia, todos vinculados ao
governo do Estado, e ainda em
novos locais no cais no porto.
"Era preciso pensar um novo
modelo depois de 16 anos de
Salão e essa Bienal terá um foco, que é dialogar com as bienais periféricas e apresentar a
produção africana e latino-americano", conta Farkas.
Até março, segundo Farkas e
Dantas, será constituído um
conselho que irá escolher o curador da primeira edição.
"Nossa ideia é fortalecer o
circuito de arte da Bahia, do
qual fazem parte cinco salões e
Bienal do Recôncavo. O que
buscamos é aprimorar o que
existe aqui", afirma Farkas.
O jornalista FABIO CYPRIANO viajou a convite do MAM-BA
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