São Paulo, Quinta-feira, 20 de Janeiro de 2000


Envie esta notícia por e-mail para
assinantes do UOL ou da Folha
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

RELÂMPAGOS
Caroço do ermo

JOÃO GILBERTO NOLL

Entre o hospital e o ponto do ônibus, um enorme descampado. Cravada na terra vermelha, uma birosca. Caldo de cana, cerveja, rosca. Parei, pedi. Depois dessa visita ao meu menor doente, eu passaria a ter um outro comportamento. Ao mesmo tempo duvidava de que isso pudesse acontecer. Não sei, me faltava alguma coisa. E essa coisa não era só o emprego, entende? Aí fui andando em outra direção que não a do ônibus. O descampado parecia não acabar. Até que dei de cara com um riacho limpinho, ali, bem no caroço do ermo. Num instante tirei a roupa. E entrei.


Texto Anterior: Mônica Bergamo
Próximo Texto: Megaprojeto: Millennium Dome decepciona em Londres
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.