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FILMES
TV ABERTA
Construção de "Pulp Fiction" se distingue da massa
A Sombra e a Escuridão
Globo, 16h15.
(The Ghost and the Darkness). EUA, 1996,
109 min. Direção: Stephen Hopkins. Com
Michael Douglas, Val Kilmer, Bernard Hill,
Tom Wilkinson. Em 1896, na África, o
engenheiro inglês Kilmer, responsável
por construção de estrada de ferro,
enfrenta sérios problemas com dois
leões nada pacíficos, um chamado
Sombra, o outro, Escuridão. Segundo
consta, ambos mataram cerca de 130
pessoas. Os nativos tremem. Val Kilmer
chama reforço para combater os leões, o
experiente caçador Remington
(Douglas). Nem assim as coisas serão
fáceis.
Vírus
Record, 22h15.
(Virus). EUA, 98, 100 min. Direção: John
Bruno. Com Jamie Lee Curtis, William
Baldwin, Donald Sutherland. Tripulação
de um rebocador entra em navio russo
abandonado. Ou aparentemente
abandonado, já que ali forças
alienígenas planejam formas macabras
de tomar o mundo. E a parte boa do
elenco é cruelmente vitimada pelo vírus
dos filmes bestas, contra os quais não há
vacina.
Pulp Fiction - Tempo de
Violência
SBT, 23h30.
(Pulp Fiction). EUA, 94, 145 min. Direção:
Quentin Tarantino. Com John Travolta,
Samuel L. Jackson, Uma Thurman, Bruce
Willis, Maria de Mercedes, Quentin
Tarantino. Três atos envolvendo crimes e
criminosos: dois pistoleiros (Travolta e
Jackson) preparam-se para executar seu
trabalho; um boxeador (Willis) que não
cumpriu o combinado com gângsteres é
perseguido; um casal de pés-de-chinelo
prepara-se para assaltar uma
lanchonete. A construção circular do
roteiro é inesperada; os atores são
ótimos; Quentin Tarantino tem um
talento explosivo. Sobra, talvez, um
espírito novidadeiro que de vez em
quando se mostra francamente
dispensável. Mas um filme que se
distingue da massa em geral.
Sete Dias para Viver
Globo, 23h35.
(Seven Days to Live). EUA, 00. Direção:
Sebastian Niemann. Com Amanda
Plummer, Sean Pertwee. Além de perder
o filho, casal muda-se para uma casa
abandonada e duvidosa, onde a mulher
começa a sofrer de pesadelos. Ela busca
ajuda junto ao antigo proprietário,
sintomaticamente recolhido a um
hospício. Inédito.
Limites da Sedução
Bandeirantes, 1h.
(Killer Looks). EUA, 1994, 87 min.
Direção: Richard Pepin. Com Suzanne
Browne, Len Donato. Você olha o título e
o pensamento imediato é: "Lá vem
besteira". Não dá outra. Ou antes, dá na
história de jogos amorosos de casal (ela
leva estranhos para a cama; ele aparece a
horas tantas, ameaçando o cara) e de
quando essa cretinice começa a
desandar.
Desafio sem Limites
SBT, 2h30.
(Good Luck). EUA, 97, 95 min. Direção:
Richard Labrie. Com Vincent D'Onofrio,
Max Gail. Ex-jogador de futebol
americano fica cego depois de acidente.
Fica na pior, compreensivelmente. Um
deficiente físico, a horas tantas, o
convence a participar de uma regata. O
que traz o homem de volta à vida e tal e
tal.
Na Trilha do Sol
SBT, 4h15.
(Sunchaser). EUA, 1996, 122 min.
Direção: Michael Cimino. Com Woody
Harrelson, Anne Bancroft. Médico ateu é
seqüestrado por adolescente com câncer
terminal. A idéia do rapaz é encontrar um
lugar mágico, que lhe traria a cura da
doença. Mas o que conta mais é a
trajetória do médico, que, em vista da
atitude decidida do seu paciente,
terminará por reencontrar a fé. OK, mas,
vamos falar o que é: Michael Cimino está
com a carreira acabada (salvo um
milagre). Só para São Paulo.
(INÁCIO ARAUJO)
TV PAGA
Spottiswoode explica jornalismo a partir da guerra
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Quase todos os bons filmes sobre jornalismo no cinema americano falam mal dos jornalistas. São pessoas sem ética, incapazes de compreender os estragos que provocam, malandros, predatórios, descrentes de qualquer coisa que não o próprio interesse.
Assim eles são retratados por Frank Capra, Howard Hawks, Billy Wilder, por exemplo. Fritz Lang também não é gentil com eles, mas Lang não era gentil com ninguém, de modo que ficam elas por elas. Que dizer de Orson Welles e seu "Cidadão Kane"?
Não é uma tendência universal. O Brasil mesmo é um país cujos filmes sempre vêem na imprensa uma instância purificadora: é nos jornais que se vai publicar a verdade até então impublicável. Aqui a imprensa é um tanto idealizada.
Daí "Sob Fogo Cerrado" ser um filme tão oportuno. Antes de ter um parti-pris sobre a atividade, sua intenção é mostrar como se dá o trabalho jornalístico. No caso, numa situação de batalha, na Nicarágua de 1979, tempo das lutas contra a ditadura Somoza.
Do ponto de vista político, o filme de Roger Spottiswoode é bastante liberal, no sentido em que expõe as muitas mazelas da diplomacia americana -e sua ligação com ditadores. Mas é o front o que mais conta. Mais até do que o triângulo amoroso entre a mulher e os dois homens.
Uma notícia, naquelas circunstâncias, é sempre um risco. E é desse risco que "Sob Fogo Cerrado" consegue nos falar sem afetações nem grandiloqüências, essas pragas que infestam o cinema.
E, já que de guerras e notícias se fala, a Fox exibe hoje (às 22h) "O Planeta dos Macacos", versão Tim Burton. Muito se falou sobre o fato de ser inferior à versão original, de Franklin Schaffner. É mesmo. No caso, não é nenhuma vergonha.
SOB FOGO CERRADO. Quando: hoje, à 0h, no Film & Arts.
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