São Paulo, sábado, 20 de março de 2004

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No Rio, seminários dissecam período

MURILO FIUZA DE MELO
DA SUCURSAL DO RIO

Quarenta anos depois, o golpe militar de 31 de março de 1964 será tema de três seminários, no Rio, entre os dias 22 e 2 de abril.
A idéia é dissecar o período do regime militar, analisado sob várias perspectivas (histórica, política, cultural, social) pela ótica de personalidades da época, políticos, historiadores, militares, cineastas, dramaturgos, shows de música, peças e leitura de poesias.
O primeiro seminário, mais acadêmico, é o "40 Anos do Golpe: 1964/2004", organizado pelo CPDOC (Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil), da Fundação Getúlio Vargas, em parceria com a UFRJ e a UFF (Universidade Federal Fluminense). De 22 a 26 de março, pesquisadores vão discutir luta armada, censura, repressão, milagre econômico, cultura, cinema e outro temas.
"Trata-se de um balanço da atual historiografia sobre o golpe de 64. Durante muito tempo, a análise histórica sobre a ditadura se baseou na análise memorialística, fundamentada em jornais. Hoje, com acesso à documentação de fontes primárias, começamos a pensar em uma análise mais interpretativa da época", afirma o historiador Carlos Fico, coordenador do Programa de Pós-Graduação em História Social da UFRJ, um dos organizadores do seminário. Estarão presentes o sociólogo Chico de Oliveira, da USP, e o historiador Jacob Gorender.
Gorender, aliás, estará nos outros dois seminários. Em "64+40: Golpe e Campo(u)s de Resistência", organizado pelo CFCH (Centro de Filosofia e Ciências Humanas) da UFRJ, o historiador será um dos palestrantes da mesa "Ditadura e Resistência". De 29 de março a 2 de abril, serão discutidos variados temas sobre a época.
Gorender também será uma das atrações do seminário "Pensando 1964" -de 23 a 26 de março, no CCBB,do Rio-, que contará com as participações do brasilianista Thomas Skidmore, do poeta Ferreira Gullar e dos historiadores Celso Castro (FGV) e Daniel Aarão Reis Filho (UFF).


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