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Artistas valem quanto vendem
DA SUCURSAL DO RIO
O despencar das vendas de CDs
nos últimos anos abalou o mercado fonográfico e levou as multinacionais a fazer um "enxugamento". Traduzindo: demissões em
massa e cortes de investimentos.
Seus elencos reduzidos passaram
a ter, quase exclusivamente, artistas com muito potencial de venda.
Cantores com notória qualidade, mas apelo comercial inferior
aos padrões atuais, não têm -e,
em muitos casos, nem querem
ter- lugar nas grandes gravadoras. São os casos de Maria Bethânia, Gal Costa, Paulinho da Viola,
Edu Lobo e João Bosco.
"Houve uma seleção natural.
Não adianta manter artistas com
excelentes críticas, mas que não
tenham vendas", afirma José Antonio Eboli, da Universal, citando
Caetano Veloso como o artista
ideal, por unir os dois mundos.
"Havia contratos caríssimos, e
renegociamos por uma questão
de realidade", diz Alexandre
Schiavo, da Sony BMG.
Maior estrela da Biscoito Fino e
de todo o segmento independente, Maria Bethânia esbanja as
multinacionais: diz que nunca foi
tão divulgada aqui e no exterior
como agora e que não pretende
voltar às grandes. "Nossa Senhora
não há de permitir", brincou em
recente entrevista à Folha.
O último CD de Gal Costa saiu
pela Indie Records. João Bosco,
depois de vários anos na Sony,
passou a negociar com independentes como a Trama. Edu Lobo e
Paulinho da Viola pensam em fazer seus próximos discos por conta própria e depois lançá-los com
distribuição de uma gravadora.
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