São Paulo, sexta-feira, 20 de março de 2009

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Sofia Coppola cria linha para a Vuitton

Ícones da logomania -onda de idolatria pela logomarca de grandes grifes que tomou conta da moda no final dos anos 90 e persistiu firme até a famigerada crise econômica que assola o mercado mundial desde o ano passado-, as bolsas Louis Vuitton acabam de ganhar um verniz de sobriedade.
A responsável pela façanha foi a cineasta Sofia Coppola, que criou uma coleção especial para a grife francesa.
O conjunto inclui um modelo de bolsa streetwear e outro estilo carteira, para a noite (ambos disponíveis em três padronagens diferentes). Os monogramas Vuitton até aparecem, mas na versão original, clássica, sem nenhuma estampa ou cor extra. A coleção também inclui uma linha de sandálias.
As peças já chegaram ao Brasil e começaram a ser vendidas nas lojas da grife na última segunda-feira. "Pensei em algo elegante e discreto, fácil de combinar com qualquer tipo de roupa. Para o dia, eu queria bolsas amplas, capazes de guardar diversos objetos e, para a noite, algo leve, só para carregar celular, batom e cartão de crédito", disse Sofia em entrevista à Folha, feita por e-mail.
Conhecida por seus looks muito discretos, amplamente copiados pela ala menos ousada da "elite fashion", Sofia criou para si uma imagem de mulher intelectual, hype, fina e comportada. O orgulho do papai (o premiado cineasta Francis Ford Coppola).
Os preços das peças assinadas por Sofia, no entanto, não são nada discretos. As bolsas custam entre R$ 6.550 e R$ 10.900. Já as carteiras saem por R$ 3.620 e R$4.080, dependendo do material.
Amiga íntima do estilista Marc Jacobs, diretor de criação da Vuitton, Sofia foi estagiária da Chanel antes de iniciar sua carreira como cineasta. Mas nunca pensou em seguir carreira no mercado fashion.
"Gosto de moda, de roupas, de coisas bonitas, como os vestidos do meu filme "Maria Antonieta". É um mundo fascinante, mas eu cresci dentro de estúdios de filmagem e o cinema sempre foi a minha prioridade", afirma a beldade.
Para fazer as sandálias, Sofia trabalhou diretamente com os designers do setor de calçados da Vuitton, que botaram as ideias da moça no papel.
O resultado foram dois modelos: um peep-toe e outro com tiras grossas (em vermelho, azul, preto e dourado fosco), ambos com tornozeleiras e saltos anabela finos. "Eu quis misturar a elegância dos anos 40 com o conforto dos anos 70. Algo chique, mas que não fosse chamativo demais", diz Sofia, repetindo o novo mantra da "moda em crise".

com VIVIAN WHITEMAN


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