|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Sofia Coppola cria linha para a Vuitton
Ícones da logomania -onda
de idolatria pela logomarca de
grandes grifes que tomou conta
da moda no final dos anos 90 e
persistiu firme até a famigerada crise econômica que assola o
mercado mundial desde o ano
passado-, as bolsas Louis Vuitton acabam de ganhar um verniz de sobriedade.
A responsável pela façanha
foi a cineasta Sofia Coppola,
que criou uma coleção especial
para a grife francesa.
O conjunto inclui um modelo
de bolsa streetwear e outro estilo carteira, para a noite (ambos disponíveis em três padronagens diferentes). Os monogramas Vuitton até aparecem,
mas na versão original, clássica,
sem nenhuma estampa ou cor
extra. A coleção também inclui
uma linha de sandálias.
As peças já chegaram ao Brasil e começaram a ser vendidas
nas lojas da grife na última segunda-feira. "Pensei em algo
elegante e discreto, fácil de
combinar com qualquer tipo de
roupa. Para o dia, eu queria
bolsas amplas, capazes de guardar diversos objetos e, para a
noite, algo leve, só para carregar celular, batom e cartão de
crédito", disse Sofia em entrevista à Folha, feita por e-mail.
Conhecida por seus looks
muito discretos, amplamente
copiados pela ala menos ousada da "elite fashion", Sofia
criou para si uma imagem de
mulher intelectual, hype, fina e
comportada. O orgulho do papai (o premiado cineasta Francis Ford Coppola).
Os preços das peças assinadas por Sofia, no entanto, não
são nada discretos. As bolsas
custam entre R$ 6.550 e R$
10.900. Já as carteiras saem
por R$ 3.620 e R$4.080, dependendo do material.
Amiga íntima do estilista
Marc Jacobs, diretor de criação
da Vuitton, Sofia foi estagiária
da Chanel antes de iniciar sua
carreira como cineasta. Mas
nunca pensou em seguir carreira no mercado fashion.
"Gosto de moda, de roupas,
de coisas bonitas, como os vestidos do meu filme "Maria Antonieta". É um mundo fascinante, mas eu cresci dentro de
estúdios de filmagem e o cinema sempre foi a minha prioridade", afirma a beldade.
Para fazer as sandálias, Sofia
trabalhou diretamente com os
designers do setor de calçados
da Vuitton, que botaram as
ideias da moça no papel.
O resultado foram dois modelos: um peep-toe e outro com
tiras grossas (em vermelho,
azul, preto e dourado fosco),
ambos com tornozeleiras e saltos anabela finos. "Eu quis misturar a elegância dos anos 40
com o conforto dos anos 70. Algo chique, mas que não fosse
chamativo demais", diz Sofia,
repetindo o novo mantra da
"moda em crise".
com VIVIAN WHITEMAN
Texto Anterior: Última Moda: Luxo domina final da temporada em Paris Próximo Texto: Altamiro toca em SP e diz que não para Índice
|