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"STAR WARS" NO BRASIL E NO MUNDO"
Madrugada com Darth Vader atrai 12 mil fãs em SP
BRUNO YUTAKA SAITO
MARCO AURÉLIO CANÔNICO
DA REDAÇÃO
Quando chegava a meia-noite e
os funcionários do cinema se preparavam para checar os bilhetes
de entrada, os fãs brasileiros de
"Star Wars" sentiam na pele as dificuldades para controlar sentimentos como medo, raiva e ansiedade, que tanto guiam a mitologia
da saga. Era a estréia nacional de
"Star Wars: Episódio 3 - A Vingança dos Sith", na madrugada de
ontem, e enormes filas mostravam que a expectativa para a conclusão da saga era ainda maior.
"Cheguei às 14h [de anteontem]", dizia o estudante Alan
Marques, 20, o primeiro na fila do
Jardim Sul. "Espero por esse filme
há 28 anos", afirmou Maudy Pedrão, 34, do site Jedi Mania.
A devoção reflete-se nessa exibição. Em São Paulo, 26 salas traziam a sessão notívaga -o número está previsto para subir para
106. Até a conclusão desta edição,
às 14h de ontem, a Folha apurou
que ao menos 12 mil ingressos foram vendidos para a estréia em
SP, enquanto as exibidoras Cinemark e UCI tinham 15 mil ingressos vendidos no resto do país.
"A Vingança..." desperta a atenção porque revela o surgimento
do vilão Darth Vader. Não é de estranhar que o personagem seja o
grande astro da noite. Nos dois cinemas visitados pela Folha, a
quantidade de fãs fantasiados como o lorde sombrio superava o
heróico Obi-Wan Kenobi. "Todos
têm um lado sombrio", acredita o
estudante Ivan Chrypko, 24.
Encenações de lutas, poses para
fotos e diálogos surreais ("Cuide
bem do meu filho", disse um dos
Darth Vader a uma das princesa
Amidala, que procurava sua poltrona) animaram a espera pelo
início das sessões e deram o clima
de final de campeonato. Uma das
personagens que se destacava era
a fisioterapeuta Kiyomi Abe, 46,
caracterizada como Yoda, com o
rosto pintado de verde. No Metrô
Santa Cruz dois fãs-clubes se encontraram: o 501st Legion - Divisão Brasil e o Conselho Jedi SP,
que reservou duas salas.
Houve espaço para manifestações inusitadas. O publicitário
Rogério Rocha, 26, disse que sentia medo em relação ao filme: "Os
dois anteriores não eram tão bons
assim". Primeiro de uma das filas,
ele criou dois cartazes com caracteres da saga: "The Last Hope" [a
última esperança] e "Revolt of the
Fans" [revolta dos fãs].
"Star Wars" também une famílias. Cristina Francisco, 53, segue
uma tradição: levou seu sobrinho
para assistir, nos anos 80, aos filmes da série; no "Episódio 3", foi
com a sobrinha Cristiane, 14. Já a
estudante Juliana Penteado, 16,
arrastou os pais de Jundiaí (60 km
de SP) para o filme. A noite teve
ainda outros vilões. O advogado
Pedro Amaral, 27, último na fila,
blasfemava: "[O atraso] foi culpa
do trânsito".
Nos EUA, o filme estreou em
3.700 salas, o maior lançamento
da série. Os ingressos estavam esgotados. Analistas prevêem US$
110 milhões (cerca de R$ 270 milhões) na primeira semana.
LEIA MAIS sobre "Star Wars: Episódio 3 - A
Vingança dos Sith" na Folha Online (www.folha.com.br/051382)
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