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HISTÓRIA
Febre "Da Vinci" invade programação do THC
SÉRGIO RIZZO
CRÍTICO DA FOLHA
Priorado de Sião, Cavaleiros
Templários, "A Última Ceia" e a
"Mona Lisa", o Santo Graal e Sara,
filha de Maria Madalena. Como se
já não bastassem as livrarias e os
cinemas, a programação da TV
paga também embarca na febre
de consumo histórico-religioso
desencadeada pelo best-seller de
Dan Brown.
"Além do Código Da Vinci",
que o The History Channel exibe
hoje, às 21h, reúne entre suas atrações justamente quem reivindica
- e o fez judicialmente, mas foi
derrotado - a criação das especulações usadas por Brown: Richard Leigh, um dos autores de
"O Santo Graal e a Linguagem Sagrada", publicado em 1982.
Figura que parece saída de "Sem
Destino" (1969), Leigh defende
com parcimônia a linha de raciocínio que conduziria ao "maior
segredo da história", a hipotética
filha de Jesus Cristo e o esforço de
setores da Igreja Católica para
ocultar a existência dessa linhagem. "É possível que isso tenha
ocorrido", diz ele. Não mais.
Outros entrevistados são mais
incisivos em tratar essas idéias como liberdades poéticas, digamos,
a partir de fatos verídicos. "Elas
contribuem para um entendimento alternativo do cristianismo, mas não há evidência alguma
a respeito dessa descendência",
afirma Timothy Freke, autor de
"The Jesus Mysteries".
"O material usado por Brown
não é novo", lembra Karen Halls,
professora de história da Universidade de Oxford. Enquanto especialistas falam, atores recriam as
passagens históricas (e também
as especulativas) descritas pelo
best-seller. A simbologia na obra
de Leonardo Da Vinci ocupa um
capítulo à parte.
Do que estaria rindo a "Mona
Lisa", por exemplo? De nós, porque só ela conheceria o tal segredo. Bingo. A maratona do The
History Channel continua amanhã, com "A Tecnologia de Da
Vinci", às 20h, e "Da Vinci e o Código de sua Vida", às 21h.
Além do Código Da Vinci
Quando: hoje, às 21h, no The History
Channel
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