São Paulo, domingo, 20 de maio de 2007

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Com ex-Rouge, "Miss Saigon" inicia ensaios

Produção de R$ 24 milhões vai estrear em julho

GUSTAVO FIORATTI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A seleção do elenco brasileiro para "Miss Saigon", iniciada no fim de novembro, está finalmente encerrada. Desde segunda, os intérpretes escolhidos já ensaiam seus primeiros passos, recriando com sotaque paulistano o musical da Broadway, que tem como enredo o trágico romance entre a vietnamita Kim e o americano Chris, durante a Guerra do Vietnã.
É a produção teatral mais cara que a CIE Brasil já trouxe para o país. Tem investimento inicial de US$ 12 milhões (cerca de R$ 24 milhões), ultrapassando os custos de "O Fantasma da Ópera", de US$ 10 milhões (cerca de R$ 20 milhões).
Prevista para estrear no começo de julho, ou seja, daqui a pouco mais de dois meses apenas, a peça vai sendo erguida a passos largos.
O diretor Fred Hanson diz que pode contar com uma certa "agilidade" dos atores brasileiros. "Eles aprendem muito rápido", diz. "Já estamos ensaiando cenas que deveríamos ensaiar só na semana que vem", completa o coreógrafo Geoffrey Garratt, à frente de um coro com 20 atores-dançarinos, ritmando a marcha de um pelotão, com fuzis e bandeiras.
Ainda que funcione no mesmo esquema de franquia do musical "O Fantasma..." -com marcação igual em todos os países por onde passa-, a peça sofreu algumas transformações, não está idêntica à montagem da Broadway. Hanson afirma que essa versão é mais moderna, mais tecnológica, que não precisa utilizar maquinários. "O público está cansado de máquinas. Ficou antigo", diz.
Mas o diretor não deixa de esconder o jogo. Não revela, por exemplo, como é feita a famosa cena em que um falso helicóptero pousa bem no meio do palco. Conta apenas que a máquina usada na montagem norte-americana foi substituída por "tecnologia", sem explicar o que isso significa. Provavelmente, a cena será refeita com projeções.
Outra surpresa: duas atrizes assumem o papel da protagonista Kim, e entre elas está Lissah Martins, uma ex-Rouge, aquele grupo formado a partir de um "reality show" do SBT.
Lissah é mestiça e, apesar de não ter traços muito orientais (seu olho é claro, sua pele é morena, os olhos são bem abertos, apenas levemente puxados), traz na bagagem a educação japonesa passada pela mãe e pelos avós maternos. É primeira experiência da ex-Rouge como atriz.
O outro protagonista da história, o oficial norte-americano Chris, é interpretado por Nando Prado, ator bem mais experiente, que atuou em vários musicais, como em "Ópera do Malandro", "Vitor ou Vitória", "Chicago" e "O Fantasma da Ópera".


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