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Bruce Willis ri do papel de
salvador do mundo
do enviado a Cannes
"Impacto Profundo" e "Armageddon" têm praticamente a mesma trama.
Um cometa vem em direção à
Terra. O choque exterminaria a vida no planeta. A solução é enviar
uma missão espacial tripulada,
pousar no asteróide e explodi-lo
utilizando uma bomba atômica.
"Impacto", que tem produção
de Spielberg, saiu na frente e lidera
a arrecadação nos Estados Unidos.
"Armageddon" só estréia em
julho. Seus produtores tentaram
reduzir o atraso exibindo em Cannes, fora do programa oficial, um
resumo do filme. Em seguida, organizaram uma entrevista com os
astros Bruce Willis, Liv Tyler e
Steve Buscemi, o produtor Jerry
Bruckheimer e o diretor Michael
Bay ("A Rocha").
Todo o esforço tinha por objetivo assegurar que "Armageddon"
e "Impacto" são diferentes. São,
mas não muito. Além do enredo
comum, ambos combinam grandes efeitos a uma trama intimista.
Em "Impacto", a história se
subdivide em vários personagens,
concentrando-se no fim na família
dos astronautas. Em "Armageddon", o foco se fecha em Bruce
Willis, um especialista em perfurações petrolíferas engajado na explosão do cometa.
A filha de Willis (Tyler) envolve-se com um dos assistentes dele
(Ben Affleck), que, naturalmente,
também embarca na missão.
Aproximando ainda mais os filmes, ambos têm por clímax a teledespedida dos protagonistas.
Houve uma explosão de risadas
na sala de projeção quando Willis
chora ao dar adeus a Tyler. Willis,
irônico, brincou: "Como vocês
podem ver, é uma comédia".
De cavanhaque, boné e bermuda, o astro de US$ 20 milhões por
filme foi mais comedido na entrevista que se seguiu. Assumiu não
ter visto "Impacto", mas garantiu que "a história (de "Armageddon') deixa mais esperança".
Willis contudo não resistiu a fazer piada com sua escalação para o
papel. "Nos EUA, estou nas páginas amarelas como salvador do
mundo. Está ficando mais e mais
fácil. De vez em quando, encontro
tempo para atuar. Acabei de rodar
uma produção menor, "Breakfast
of Champions'."
O diretor Michael Bay rebateu as
críticas de excessivo americanismo, com a Nasa liderando a salvação do planeta. "O filme envolve o
mundo inteiro", sustentou.
(AL)
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