São Paulo, quarta, 20 de maio de 1998

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Vattimo quer "super-homem'

do enviado ao Rio

Distanciado das polêmicas dos franceses Jean Baudrillard e Pierre Lévy, o italiano Gianni Vattimo faz hoje às 9h30 uma conferência sem catastrofismo nem excessivo otimismo.
Com o título "O Super-Homem de Massas", a conferência apresenta as idéias de Vattimo sobre uma "solução", expressão dele, para um dos problemas centrais da "globalização da mídia".
O que interessa Vattimo é "a educação ou "formação' da personalidade" do indivíduo, em tal ambiente. Uma educação que sempre exigiu "um horizonte firme, estável de tradições culturais", uma comunidade em que as experiências se davam -e que desaparece na "cultura global".
Para ele, fundamentalismos, regionalismos e outras formas de restauração de comunidades são artificiais e fadadas ao fracasso. Mais importante, evitam que as "teorias e políticas imaginem alternativas viáveis".
A alternativa que ele divisa está no "super-homem" de Nietzsche. Para Vattimo, "o homem que, na era do niilismo estabelecido, não for capaz de inventar interpretações pessoais, ou seja, de se tornar um super-homem, está destinado a perecer como indivíduo". (NS)



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