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RUÍDO
Novos e antigos se enfrentam em festival
PEDRO ALEXANDRE SANCHES
DA REPORTAGEM LOCAL
A idéia, baseada em que "o
tempo se movimenta simultaneamente em todas as direções", é colocar em confronto o
passado e o presente (ou melhor, o futuro). O nome (ambíguo) do festival, que acontece
entre 3 e 7 de julho, no Sesc
Pompéia, é "Com:Tradição".
Promete encontros -choques?- entre a invenção que já
virou tradição e nova geração de
artistas experimentais do amplo
eixo São Paulo-Rio-Bahia-Pernambuco-Ceará-Alagoas.
O ex-mutante Arnaldo Baptista se apresentará com o baiano-paulistano "re:tropicalista"
Moisés Santana. O núcleo eletrônico Bojo fará honras à ex-tropicalista Maria Alcina.
Herói do samba-jazz instrumental, J.T. Meirelles se unirá ao
núcleo de produtores e artistas
Instituto; o percussionista Naná
Vasconcelos se integrará ao Mamelo Sound System. Pioneiros
da "re:combinação", Elza Soares
e Jards Macalé repetirão os encontros recentes com Mugomango e Vulgue Tostoi.
Fora os encontros, o
"Com:Tradição" fará painel da
novíssima produção underground, com shows de Rebeca
Matta (BA), Beto Villares (SP),
Karine Alexandrina (CE), Bonsucesso Samba Clube (PE), Wado (AL), Dona Zica (SP), Mim
(RJ), Curumim (SP), Maurício
Negão (RJ). Já ouviu falar?
INDIE EM EXPANSÃO
A Indie Records amplia seu
elenco com nomes de peso:
Erasmo Carlos, Alceu Valença,
Fagner e Gal Costa. O disco de
Fagner sai em agosto; Erasmo
deve entrar em estúdio no final
do ano. A independente MZA
ainda reivindica o contrato de
Gal, mas a Indie afirma que
está tudo certo e só falta a
assinatura oficial de contrato.
QUEM FINANCIA?
A Indie está no mercado há
sete anos, lançando artistas
como Vinny e Wando. Obteve
resultados comerciais no
formato conservador de CDs
retrospectivos, ao vivo e
acústicos de Alcione, Jorge
Aragão, Luiz Melodia etc.
Segundo a gravadora, o novo
aporte de recursos resulta
também do redirecionamento
de investimentos do poderoso
Estúdio Mega (atuante em
som, imagem e tecnologia), a
que a Indie é ligada.
OS CAFONAS
Outro recém-contratado é
Reginaldo Rossi, que gravará
disco ao vivo com clássicos
populares de Odair José,
Diana, Waldik Soriano, Nelson
Ned etc. O CD faz referência ao
livro "Eu Não Sou Cachorro,
Não", apaixonada defesa de
Paulo César Araújo à chamada
música cafona dos 70.
@ - psanches@folhasp.com.br
O NÃO-LANÇAMENTO
Baobás foi grupo único na
história secreta do rock brasileiro. Encravado entre a falência do iê-iê-iê e a ascensão
da tropicália, deixou um LP
(de 68) feito de covers de psicodelia (de Love, Doors etc.)
não propriamente originais,
mas diferentes de tudo que o
rock daqui fez ou faria. Saiu
pela nacionalista Rozenblit.
Que não existe mais.
COM IRA!, SEM IRA!
Até há pouco sem gravadora,
o grupo oitentista Ira! prepara
para o final do ano um novo
disco, que será lançado pelo
selo Arsenal, do produtor Rick
Bonadio (de Mamonas
Assassinas, Charlie Brown Jr.,
CPM22 e Rouge, entre outros).
Antes disso, o guitarrista
Edgard Scandurra lança seu
terceiro CD solo, pelo selo ST2.
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