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Prêmio Tony infla salário de brasileiro e lota teatro
DANIEL BERGAMASCO
DE NOVA YORK
Como medir em dinheiro o
prestígio de ganhar um Prêmio
Tony, a honraria máxima para
uma peça da Broadway?
Para o espetáculo "South Pacific", a conversão de fama em
dólares é palpável desde a noite
de domingo, quando faturou
sete estatuetas, incluindo a de
melhor ator de musical para o
paulista Paulo Szot, primeiro
brasileiro a realizar o feito. Szot
fechou nesta semana novo contrato com aumento salarial de
500%. "Não tenho do que reclamar [risos]", diz ele.
Nas 24 horas seguintes à cerimônia, foram vendidos cerca
de 6.000 ingressos pela internet, somando US$ 700 mil (cerca de R$ 1,13 milhão).
O espetáculo, que já era um
dos maiores sucessos do ano na
Broadway, está agora com poucas opções de poltronas até dezembro, restando apenas os camarotes nas laterais da orquestra e no piso superior. A partir
de amanhã, o teatro do Lincoln
Center começará também a
vender ingressos para os meses
de janeiro, fevereiro e março.
Quem não quer esperar até lá
pode tentar a fila por ingressos
de desistentes. Vindo de Oregon, o casal de aposentados Peter e Suzane Thompson fez isso
na quarta-feira: chegou ao teatro quatro horas antes do espetáculo e entrou na espera por
assentos extras. Eles deram
sorte e dizem que gostaram do
show. "É um musical muito superior à média da Broadway.
Uma história com ternura e
emoção na medida", diz Peter.
"South Pacific" fala de amor e
preconceito em uma ilha ocupada por marinheiros americanos na Segunda Guerra.
As amigas Emily Roberts, 16,
e Mollie Philip, 17, também
gostaram. "Quase todas as peças da Broadway são legais, mas
nessa eu até chorei. E o ator
[Szot] é lindo", diz Mollie.
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