São Paulo, terça-feira, 20 de julho de 2004

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FILMES

O Elefantinho de Coração Valente
SBT, 14h30.
  
(Whispers - An Elephant's Tale). EUA, 2000. Direção: Dereck Joubert. Elefantinho recém-nascido perde-se da mãe por ocasião de um ataque de caçadores. Ele acaba encontrando uma outra manada, onde é adotado por uma elefanta simpática, o que não o impedirá de passar por outras várias adversidades.

Os Trapalhões e a Árvore da Juventude
Globo, 15h55.
  
Brasil, 1991. Direção: José Alvarenga Jr. Com Renato Aragão, Dedé Santana, Mussum. Os três Trapalhões são guardas florestais que descobrem a fonte da juventude na Amazônia, onde atuam. Como de costume, o humor dos Trapalhões rende muito menos no cinema do que na TV. A boa produção e a direção de Alvarenga se destacam.

Prontos para Detonar
SBT, 22h30.
  
(Ready to Rumble). EUA, 2000, 107 min. Direção: Brian Robbins. Com David Arquette, Oliver Platt. Nesta comédia, dois malucos por luta livre fazem o que podem e sobretudo o que não podem para ajudar veterano ex-campeão, de quem são fãs, a voltar ao topo.

Intercine
Globo, 1h30.

As opções são "À Beira da Loucura" (1995, de John Carpenter, com Sam Neill, Jurgen Prochnow, Charlton Heston) e "Misterioso Assassinato em Manhattan" (1993, de Woody Allen, com Alan Alda, Woody Allen, Anjelica Houston).

O Último Guerreiro das Estrelas
SBT, 2h10.
 
(The Last Starfighter). EUA, 1984, 100 min. Direção: Nick Castle. Com Norman Snow, Lance Guest. Campeão de videogame é convidado pelo inventor do jogo "Guerreiro das Estrelas" para viagem interplanetária. Lá chegando, é convocado a integrar força do bem, que enfrentará Xur, o maligno.

Wild Bill - Uma Lenda do Oeste
Globo, 3h25.
  
(Wild Bill). EUA, 1995, 97 min. Direção: Walter Hill. Com Jeff Bridges, Ellen Barkin, John Hurt, Keith Carradine, Bruce Dern. Vida e obra de Wild Bill Hickock (Bridges), trapeiro e depois homem da lei do Velho Oeste, do qual se tornou um dos mitos. Hill concentra a atenção nos últimos anos da vida do "westerner", em que foi vitimado por um glaucoma e se viciou em ópio.

O Professor Aloprado
SBT, 4h.
    
(The Nutty Professor). EUA, 1963, 106 min. Direção: Jerry Lewis. Com Jerry Lewis, Stella Stevens, Kathleen Freeman. "O Médico e o Monstro", de R.L. Stevenson em versão comédia, com Jerry no papel do professor feio e aloprado que, graças a uma fórmula que cria, transforma-se num bonitão. Vida dupla, tema preferido de Jerry, em uma obra-prima da comédia moderna. "Professor Aloprado", o verdadeiro.

Convicções pouco úteis

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Sean Penn quer nos fazer crer, em "Os Últimos Passos de um Homem" (TNT, 22h), que a pena de morte é uma instituição não só indesejável como repugnante.
Esta instituição não apenas elimina pessoas, como rebaixa todos os membros de uma comunidade envolvidos com ela.
Para tanto, Penn foge do clichê do inocente que foi condenado etc. e tal. O condenado é um ser absolutamente detestável. Isso permite-o filmar com frieza, evitando sentimentalismos e dirigindo-se à razão dos espectadores.
Dois problemas: quem é a favor da pena de morte em geral desconhece a razão ou pelo menos a ignora. Quem vê a questão racionalmente já é contra a pena de morte.
Daí resulta um filme cheio de convicção, é verdade, mas uma convicção que não chega até nós.

"REALITY SHOW"

Programa incentiva e banaliza cirurgias

BELL KRANZ
EDITORA DO EQUILÍBRIO

"Beleza Comprada" parece programa comprado. Não que seja, apenas parece. O "reality show", lançado no dia 28, tem como proposta abordar a busca frenética -muitas vezes ensandecida- da auto-estima por meio da transformação do corpo. Mas quem deve sair rindo no final do programa, com a auto-estima nas alturas, é a cirurgia plástica.
Cada programa, dividido em dois capítulos, conta a história de um cidadão comum que vai se submeter à intervenção cirúrgica. No primeiro capítulo, a pessoa se apresenta, abre o coração e a casa, mostra amigos e familiares, conta suas angústias, seus desejos e o que pretende mudar.
Aliás, no quesito garimpagem dos personagens, a produção dá um show. A carioca Larissa, por exemplo, adora praia, body-board, forró e comida. Tem 19 anos e é uma fofa -aliás, fofa demais no tocante à estética, segundo ela, para realizar o sonho de ser atriz de novela. Estreou o programa dizendo que ia para a faca, quer dizer, para a cânula. No segundo capítulo, saiu da lipo com o corpinho recauchutado.
Ontem, foi a vez de Tatiana, 28 anos e 116 quilos, dizer a que veio. Hoje à noite, a promessa é que ela apareça saída da cirurgia de redução de estômago. Tudo é assim: rápido e tranqüilo.
Os médicos que me perdoem, mas não falam -ou não aparecem falando- em riscos naturais de uma cirurgia, em cuidados pré e pós-operatório, além do poder ou não ir à praia ou cair de boca na academia. Não custava nada checar na consulta se a pessoa precisa de um tratamento corporal ou psicológico. E, por falar em custar, preço também não faz parte da "reality" nem do show. O assunto é ignorado.
Esquisito também -além de paradoxal- é dar seriedade ou profundidade a "reality show". Talvez falte tempo ao programa para mostrar que a missão é possível. Profissionais de diferentes e pertinentes áreas participam comentando as histórias, embora pouco disso vá ao ar. Mas dá para se divertir com a edição esperta e a produção caprichada, sem esquecer que o momento é o da banalização da cirurgia estética.


BELEZA COMPRADA. Quando: segundas e terças, às 20h30, no GNT.


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