São Paulo, sábado, 20 de agosto de 2011

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Gêneros musicais estão estáticos, afirma Reynolds

Para crítico, só 'de vez em quando' se vê 'o brilho de algo realmente novo'

Entre as novidades, ele cita Rihanna, Beyoncé e dubstep; para o futuro, acha que 'alguma coisa vai surgir das ruínas'


CRÍTICO DA FOLHA

O crítico britânico Simon Reynolds, autor de "Retromania", ressalta o caráter "estático" dos gêneros musicais da atualidade, mas destaca alguns artistas que, segundo ele, podem ser considerados inovadores.
"Nos últimos dez anos, parece que os gêneros se tornaram quase estáticos", diz o autor. "Mas, de vez em quando, no meio de tanta coisa banal e mundana, você via o brilho de algo realmente novo."
"Em rhythm & blues, por exemplo, uma vez ou outra surgia algo extraordinário, como 'Umbrella', da Rihanna, ou 'Single Ladies', da Beyoncé", afirma.
Reynolds destaca ainda alguns artistas de dubstep (gênero de música eletrônica).
"O dubstep me parece uma extensão dos anos 90, como um tipo de versão adulta e lenta do jungle. Mas produz algumas coisas excitantes: o EP homônimo do Zomby, as faixas de Cooly G, algumas coisas de James Blake e Ramadanman."

FUTURO
Sobre o futuro da música, Reynolds mostra "otimismo cauteloso". "Eu diria que o futuro não parece muito promissor, embora, muitas vezes, períodos de estagnação sejam prólogos para algum tipo de erupção cultural."
E continua: "Estou cautelosamente otimista em relação à nova geração de músicos que só conheceram a internet. No mínimo, estou curioso sobre o que vai acontecer daqui por diante."
Para ele, "vivemos uma época interessante. A velha maneira analógica de fazer as coisas -a forma como a cultura funcionava- entrou em colapso, mas acho que alguma coisa vai surgir dessas ruínas." (ANDRÉ BARCINSKI)



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