São Paulo, domingo, 20 de setembro de 2009

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Masp é destaque da Coleção Folha

Museu paulistano, fundado em 1947 e um dos cartões-postais de SP, é foco de publicação que sai no domingo que vem

Instituição é famosa por acervo de obras de artistas franceses, como Degas, além de tesouros de vários momentos da arte italiana

DA REPORTAGEM LOCAL

Na semana que vem, a Coleção Folha Grandes Museus do Mundo fala de uma instituição brasileira. O Masp é o tema do volume 8, que chega às bancas no próximo domingo.
Detentor da principal coleção de arte do Hemisfério Sul, o Museu de Arte de São Paulo tem uma importante e consistente representação francesa, incluindo a série completa dos bronzes de Degas, que pode ser vista em apenas dois outros museus do mundo: o D'Orsay, em Paris (volume 7 da Coleção Folha), e o Metropolitan, em Nova York (volume 6).
A coleção italiana é o segundo segmento de maior importância, abrangendo desde as manifestações artísticas da Idade Média até o modernismo. Mas estão representadas também outras regiões europeias, e a arte brasileira se faz presente com artistas de todas as tendências estéticas, abrangendo acadêmicos, realistas, românticos, modernos e contemporâneos.
Esse patrimônio foi constituído no pós-guerra. O principal período de aquisições de obras do Masp se deu entre os anos de 1946 e 1960, durante as viagens à Europa e aos EUA das figuras-chave na criação do museu: Assis Chateaubriand e Pietro Maria Bardi.
Com sua trajetória narrada no livro "Chatô - O Rei do Brasil", de Fernando Morais, o paraibano Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Melo (1892-1968) foi jornalista, advogado, membro da Academia Brasileira de Letras e dono dos Diários Associados, um império midiático que incluía 34 jornais, 36 emissoras de rádio, 18 TVs, uma agência de notícias e uma editora, responsável pela publicação da revista "O Cruzeiro", a mais lida do país entre 1930 e 1960.

Cartão-postal
Em 1946, ele conheceu o italiano Pietro Maria Bardi (1900-1999), que viera ao Brasil, acompanhado de sua mulher, a arquiteta Lina Bo Bardi (1914-1992), para apresentar a "Exposição da Pintura Italiana Antiga", no Palácio Capanema, então sede do Ministério de Educação e Saúde, no Rio.
Em 2 de outubro do ano seguinte, o museu foi inaugurado, na sede dos Diários Associados, na rua Sete de Abril, no centro de São Paulo. Com a progressiva ampliação do acervo, o local se revelou pequeno.
O prédio do Masp como conhecemos foi inaugurado em 7 de novembro de 1968, na avenida Paulista. Logo a nova sede se transformou em um dos cartões-postais de São Paulo, muito em razão do projeto ousado de Lina Bo Bardi.


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