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CRÍTICA SHOW
Fito reafirma-se roqueiro depois de viagens intimistas
DA ENVIADA A MONTEVIDÉU
Fito Paez mostrou "Confiá", seu mais recente trabalho, ao público uruguaio no
último dia 11, numa gelada
noite de sábado, no Teatro de
Verano, em Montevidéu.
O show, que teve mais de
duas horas de duração e incluiu seus grandes hits, além
das novas canções, foi um
bom retrato de sua carreira.
Fito apareceu acompanhado de uma potente banda de rock, sua mais nova
aquisição depois do álbum
intimista e quase solitário
"Rodolfo" (2007).
Com ela foi mais fácil executar com vigor suas canções
mais inquietas, como "Ciudad de Pobres Corazones" ou
"Circo Beat".
Mas, por mais que a dupla
de tecladistas se esforçasse
ou que um dos guitarristas
imitasse até os trejeitos de Jimi Hendrix, quem guiou o
show foi Fito e seu modo particular de tocar piano.
Com gestos exagerados e
nervosos que o fazem parecer uma mistura de Charles
Chaplin com John Lennon,
Fito improvisa e conduz as
canções por caminhos diferentes dos que ouvimos em
seus álbuns.
O repertório atravessou os
mais de 25 anos de atividade
do artista e expôs todas as
suas influências, a saber,
Beatles, rock setentista, psicodelia e pop dos 80 e 90.
Em "A Rodar Mi Vida", fez
o público girar casacos e saltitar. Em "Tumbas de la Gloria", "11 y 6" e "El Amor Después del Amor", foi seguido
por um coro que conhecia as
letras do começo ao fim.
Das canções do novo disco, a que mais entusiasmou
foi a melancólica "Tiempo al
Tiempo". Fito também mostrou "La Nave Espacial", delirante história de dois jovens
que querem viajar da Argentina a Niterói para ver "a nave
espacial de Niemeyer".
E, como quase sempre na
carreira do argentino, a circense "Mariposa Technicolor" encerrou a animada noite.
(SYLVIA COLOMBO)
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