São Paulo, segunda-feira, 20 de setembro de 2010

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CRÍTICA SHOW

Fito reafirma-se roqueiro depois de viagens intimistas

DA ENVIADA A MONTEVIDÉU

Fito Paez mostrou "Confiá", seu mais recente trabalho, ao público uruguaio no último dia 11, numa gelada noite de sábado, no Teatro de Verano, em Montevidéu.
O show, que teve mais de duas horas de duração e incluiu seus grandes hits, além das novas canções, foi um bom retrato de sua carreira.
Fito apareceu acompanhado de uma potente banda de rock, sua mais nova aquisição depois do álbum intimista e quase solitário "Rodolfo" (2007).
Com ela foi mais fácil executar com vigor suas canções mais inquietas, como "Ciudad de Pobres Corazones" ou "Circo Beat".
Mas, por mais que a dupla de tecladistas se esforçasse ou que um dos guitarristas imitasse até os trejeitos de Jimi Hendrix, quem guiou o show foi Fito e seu modo particular de tocar piano.
Com gestos exagerados e nervosos que o fazem parecer uma mistura de Charles Chaplin com John Lennon, Fito improvisa e conduz as canções por caminhos diferentes dos que ouvimos em seus álbuns.
O repertório atravessou os mais de 25 anos de atividade do artista e expôs todas as suas influências, a saber, Beatles, rock setentista, psicodelia e pop dos 80 e 90.
Em "A Rodar Mi Vida", fez o público girar casacos e saltitar. Em "Tumbas de la Gloria", "11 y 6" e "El Amor Después del Amor", foi seguido por um coro que conhecia as letras do começo ao fim.
Das canções do novo disco, a que mais entusiasmou foi a melancólica "Tiempo al Tiempo". Fito também mostrou "La Nave Espacial", delirante história de dois jovens que querem viajar da Argentina a Niterói para ver "a nave espacial de Niemeyer".
E, como quase sempre na carreira do argentino, a circense "Mariposa Technicolor" encerrou a animada noite.
(SYLVIA COLOMBO)


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