Marcelo Camelo

Para passar o tempo, Marcelo Camelo decidiu usar um programa de computador para fazer um auto-retrato; ele se fotografou com uma webcam e depois duplicou, adicionou cor e distorceu a imagem; o ex-vocalista do Los Hermanos estréia o show de seu novo CD, "Sou", no Tim Festival, nos dias 23 (em São Paulo) e 25 (no Rio); Camelo também vai se apresentar na festa de três anos do Studio SP, no final de novembro, no Auditório Ibirapuera.

Barraco na Bienal

O presidente da Fundação Bienal, Manoel Francisco Pires da Costa, mandou cortar o nome de seu vice-presidente, Marcos Mendonça, da papelada da 28º Bienal, que começa neste sábado. Ele não é citado no convite para a abertura nem no catálogo da exposição. Pires da Costa não considera mais Mendonça como vice, apesar de não ter havido renúncia formal ou demissão. Procurado, o presidente da instituição não quis comentar.

SAIU, MAS CONTINUA
Marcos Mendonça diz que decidiu se afastar da fundação "para não prejudicar o andamento da Bienal" e que encaminhará seu pedido de renúncia até o final do mês. O presidente do conselho, Miguel Pereira, criticou a medida de Pires da Costa. "Legalmente, ele [Mendonça] é vice-presidente e seu nome deveria constar de toda a documentação."

FAMÍLIA VENDE TUDO
A ex-primeira-dama Nicéa Camargo diz que está vendendo móveis e objetos pessoais para pagar o aluguel. Ela alega que seu ex-marido, o ex-prefeito Celso Pitta (PTB-SP), não lhe paga pensão alimentícia desde julho e cobra dele a quantia de R$ 57,7 mil. Segundo Pitta, "o valor da pensão está sendo discutido na Justiça". Ela diz que o ex-marido "quer ganhar tempo". Ele diz que Nicéa está contrariada porque o divórcio deles foi decretado no dia 18 de setembro, e ela foi condenada ao pagamento dos honorários e custas processuais.

TECLA VERDE
E Pitta diz que votará em Gilberto Kassab para prefeito no domingo: "Apesar da grosseria da parte dele, de renegar a participação em uma administração que lhe trouxe benefícios políticos, acredito que seja a melhor opção para São Paulo".

BORBULHAS DE AMOR
Uma sofisticada balada liberal será inaugurada na cidade. O Code Club, no Morumbi, terá 1.400 m2 para o deleite dos praticantes de suingue (troca de casais) e afins. Na área da boate, oito postes para danças sensuais ganharam um detalhe inusitado: uma espécie de aquário que solta borbulhas vermelhas em volta das dançarinas -e dançarinos.

PIANO DE CAUDA
O escritório de Oscar Nie- meyer anda mais alegre desde que o arquiteto comprou um piano de cauda e um microfone com amplificador, há um mês. Desde então, sua mulher, Vera, canta acompanhada do engenheiro José Carlos Sussekind nas teclas. O sarau acontece quase todo final de tarde.

JOHN CASABLANCAS

"90% do pessoal da moda é simpático às drogas"

Fora do mercado de modelos desde que vendeu a Elite Model, há oito anos, o empresário John Casablancas, 65, se prepara para voltar à ativa. Depois de criar a agência Joy, braço brasileiro da italiana Joy Milano, com a qual se associou recentemente, ele lança amanhã um novo concurso de beleza, o Concurso Mundial, que contará com a ajuda de manicures de todo o país para identificar as próximas beldades nacionais. "Quero diminuir a distância entre o que é uma mulher bonita para o homem na rua e para o mundo da moda. Quero descobrir modelos que tenham pernas pelo menos tão grossas quanto os meus braços."

 

FOLHA - Você sumiu desde que vendeu a Elite. Por onde andou?
JOHN CASABLANCAS - Estive montando um projeto com um grupo russo muito, muito poderoso que incluía agência de modelos, concursos, TV a cabo, escolas de moda. Mas trabalhar com gente muito rica é muito difícil.

FOLHA - O que mudou nesse universo das modelos?
CASABLANCAS - Hoje elas começam muito mais cedo, são todas muito parecidas e são lançadas logo em uma grande campanha porque, senão, mudam de agência. Mas não pode ser assim. As agências deveriam explicar que ela terá uma carreira mais longa se tiver personalidade e não for apenas uma referência da tendência atual.

FOLHA - Como identificar uma modelo em potencial?
CASABLANCAS - Há pontos básicos como altura, proporção de corpo, qualidade de cabelo e pele, mas, acima de tudo, é preciso ter atitude, charme, personalidade. Ela não pode ser oca. Não gosto de modelos que andam com uma garrafa de água debaixo do braço, que jantam uma folha de salada, têm horário para dormir. Quero gente profissional, saudável, bonita, divertida, que não tenha medo de sexo, de ser jovem, de ser aventureira, de ser sensual, de explodir um pouco.

FOLHA - Algo como a Naomi Campbell e a Kate Moss?
CASABLANCAS - Elas são fantásticas. Quando a Kate Moss foi flagrada cheirando [cocaína], eu disse que ela teria uma terceira [fase de] carreira fantástica, porque, de uma forma ou de outra, virou notícia, todo mundo falava dela. Todo esse pessoal de moda gosta disso. Que seja um baseadinho de vez em quando, que seja cheirar casualmente. Não digo que sejam drogados, mas 90% desse universo é simpático às drogas. Não eu, que detesto drogas, sou considerado um careta, um estraga-prazeres.

FOLHA - O que acha das campanhas que usam "mulheres reais" em vez de modelos?
CASABLANCAS - Uma catástrofe. Não acho que as pessoas queiram se ver na publicidade. Não é se enganar, mas eu quero sonhar que eu vou parecer com aquele modelo magro e musculoso dentro do shortinho que ele está usando.

FOLHA - Seu filho, Julian, é vocalista da banda americana The Strokes. Ele está mais famoso que você?
CASABLANCAS - Muito mais. Adoro quando me perguntam se eu sou o pai do Julian. Acho ótimo ver gerações diferentes em duas profissões tão glamourosas -eu na moda, ele na música- e com tanto sucesso.

FOLHA - E você gosta do som dele?
CASABLANCAS - Adoro. Isso para mim foi uma das maiores surpresas. Ele não era um bom estudante e, até os 15 anos, nunca tinha tocado nenhum instrumento. Só quando começou a tocar guitarra vi ele levar alguma coisa a sério, com paixão.

CURTO-CIRCUITO
OS HISTORIADORES Adriana Lopez e Carlos Guilherme Mota lançam hoje o livro "História do Brasil - Uma Interpretação", na Livraria da Vila da alameda Lorena.
O TEATRO DE DANÇA reúne hoje e amanhã profissionais para discutir a dança voltada ao público infantil, a partir das 18h. Recomendação: 16 anos. Grátis.
SERGINHO GROISMAN lança hoje o livro "Meu Pequeno Corintiano", na livraria Cultura do Conjunto Nacional.

com IVAN FINOTTI (interino), JULIANA BIANCHI, DIÓGENES CAMPANHA e DÉBORA BERGAMASCO


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