São Paulo, terça-feira, 20 de outubro de 2009

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TELEVISÃO


Crítica

"O Auto" é exemplo de filme nacional com raiz na TV

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Não devia ser assim. "O Auto da Compadecida" (Canal Brasil, 18h15, livre) passou primeiro como minissérie de TV, depois estourou como filme.
Isto é, podia-se esperar que o espectador, já tendo visto aquilo na TV, dissesse: "Para que ir ao cinema e ver tudo de novo?". Mas ocorreu o contrário. A minissérie funcionou como uma propaganda. Quem vira quis rever, em versão menor, a história de João Grilo, que, à custa de esperteza, consegue sobreviver às injustiças do sertão.
A peça de Ariano Suassuna é um clássico do humor brasileiro. A produção da Globo, no entanto, é que desde então transmite confiança ao espectador. Em tempos recentes, o fenômeno se repete: é quando cheira à TV que o espectador vai em massa ao filme brasileiro.
Ou seja, nosso hábito da TV, tão forte, orienta a indústria de cinema e seu consumo. Já o filme é outra coisa, é uma arte.

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